domingo, maio 08, 2011

Decididamente, optou pelo tom crispado! -A greve de 6 de Maio e as provas de Aferição

Talvez por os seus sorrisos da fase anterior terem sido analisados tão amiúde peos OCS e pelo povo, Isabel Alçada optou nos últimos tempos por um tom crispado, arrogante, um pouco revanchista até, seguindo o estilo do seu protector e líder ou tentando mostrar que não era a "outra face" da mesma moeda sinistra no seu Ministério, mas a fiel sucessora da outra dama que tinha punhos de ferro em vez de punhos de renda e que tinha raiva aos professores, em vez de condescendência.
Vimos isso nitidamente na sua recente conferência de imprensa onde se vangloriou da sua vitória sobre a oposição, a propósito do chumbo da Suspensão da ADD no Tribunal Constitucional. Quase se ouviam os seus dentes a ranger e revelou toda uma inusitada sobranceria sobre o poder da Assembleia da República e da democracia.
Mas adiante. A mais recente irradiação deste enfado e intransigência (dantes já existindo, mas traduzido em meros silêncios do ME perante as diversas interpelações dos parceiros sociais), manifestou-se ontem. E quem a tivesse escrutinado com um contador Geiger talvez tivesse conseguido, na altura, um bom pretexto para demarcar uma zona de contaminação a mais de 20km em redor da senhora, concorrendo com Chernobyl ou Fukushima!


Assim, a propósito da greve na função pública a que muitos funcionários auxiliares das escolas aderiram (não, não escreverei "assistentes operacionais" pois a escola não é um navio ou uma fábrica), a antes sorridente e arregalada ministra quis sublinhar, que, se os alunos e pais ficassem descontentes por ficarem com a escola fechada e sem provas de aferição, aos "malandros" grevistas deveriam pedir contas. A democracia e os direitos laborais são uma maçada, pá! :-/

Aqui fica o Link, do Público de 7/5/2011, num estilo bem abrasileirado:



Bem, o mais triste nisto tudo (provas de aferição servem apenas para aferir, não é um drama!) é que há dias se falava na possibilidade de haver professores prontos a substituir os funcionários auxiliares para manter as escolas abertas na greve(!!!), no mais patético e estúpido acto de fura-greves de que há memória. Não sei se tamanha parvoíce se concretizou, mas sabe-se que 19 escolas*(ver errata, abaixo) encerraram, afectando 270 alunos.
Isabel, Isabel...onde pára o teu sorriso e o teu ar de contadora de histórias para menores de dois anos?
(imagem DAQUI)


*Errata (de 9-5-2011): Na altura esse número de escolas (19) pareceu-me estranho, mas era o que constava na notícia do Público do dia 7 de Maio e assim retransmiti. Hoje , esse jornal,na secção "O Público errou", vem corrigir esse dado. Não especifica quantos alunos ao todo foram afectados, mas diz o seguinte :" na verdade, segundo o último balanço do Ministério das Finanças, foram 138 as escolas que encerraram. Mas, conforme indicado, a greve só afectou dois dos agrupamentos onde se realizaram provas de aferição."

(julgo que esta Errata não será alvo de nova Errata e sim, soletrou bem, caro leitor, era assim que vinha no Público de hoje, 9-5-2011, por isso destacámos as palavras e parece que agora já ninguém omite o facto de quem manda "mêmo" na Educação. Quem fez o balanço foi o Ministério das FINANÇAS... e não o da (como é que se chama? hum.. hã... ah,sim!) "Educação"! ;-/

"Alergia"

4 comentários:

Anabela Magalhães disse...

Perdeu-se o sorriso, perdão, o esgar...

Margarida Azevedo disse...

Muito bom, Alergia!

Alergia disse...

Muchas gracias,Margarida!:)

Alergia disse...

Devido ao engano da própria fonte, o jornal "Público", acrescentei a este texto do post uma Errata, não só importante quanto aos números em questão, mas até pelo detalhe curioso... ;-/