quinta-feira, dezembro 30, 2010

Aqui, apoia-se o JPG e o Apdeites V2

Em destaque:

O acaso Ensitel 

Publicado por JPG, Quarta-feira, 29 de Dezembro de 2010, às 20:08 | 


Apdeites - Portuguese blogspotting


1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.

Constituição da República Portuguesa, Artigo 37.º

 

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Ai que agora estão a ir ao bolso dos Directores!!! (Por falar em explosões...)

(Imagem daqui)
Já não bastava a prenda no sapatinho dos directores(na véspera de Natal!), subdirectores e adjuntos das Escolas, que reduz drasticamente os subsídios aos respectivos salários (chuif chuif...tadinhos!), para promover em força a implantação dos Giga-mega-mega-Agrupamentos (quanto mais alunos, mais ganham o director e "anexos"), agora o ME vem implicar com o tipo de contratos de "leasing" que as direcções costumavam fazer nas Escolas, o que pode levar os Directores a terem de pagar as futuras falhas nas contas do seu próprio bolso, tudo porque a própria tutela parece ignorar completamente como funciona e sempre tem funcionado a contabilidade escolar.
Ou seja, as coisas estão a "aquecer" também ao nível das direcções.
Será que é desta vez que os ditos elementos das Direcções das Escolas se vão aperceber como não passam de peças descartáveis e também ignoradas no jogo perverso de Xadrez do ME?
Será que é desta vez que certos assessores e outros elementos não eleitos vão regressar às salas de aula, como simples "Zecos"?
Será que agora os directores e sub-subs se vão recordar que os professores das escolas foram um dia seus colegas? Ressurgirá a solidariedade?
Será que a implantação das políticas sinistras vai começar a estalar por este lado?!
Ler a notícia AQUI.

Portugueses podem "explodir", segundo os sociólogos

Segundo os sociólogos António Barreto e Boaventura Sousa Santos, o povo português, tradicionalmente conformista e pouco interventivo, ainda não se apercebeu totalmente das consequências pessoais da crise, mas, quando esta em breve começar a pesar mais no bolso, poderá então ..."explodir".
Resta perguntar: só agora alguns sociólogos descobriram isso?! Ou também serão tradicionalmente conformistas, como bons portugueses? :-((
Leiam o artigo do "Público" AQUI.
"SOCIÓLOGOS DIZEM QUE OS PORTUGUESES RECEBERAM A CRISE COM SURPRESA MAS PODEM PASSAR À «EXPLOSÃO»"

Leitura recomendada

Eugénio Rosa - Economista

O IEFP ELIMINOU 543.892 DESEMPREGADOS DOS FICHEIROS DOS CENTROS DE EMPREGO EM 2010 SEM APRESENTAR QUALQUER JUSTIFICAÇÃO

Sertã fartou-se das armadilhas do ME. Alpiarça, Ílhavo e mais de 100 autarquias continuam descontentes.

Clique para ampliar*
É uma prenda amarga aquela que o governo vai receber na noite de réveillon. A partir de 1 de Janeiro, a Câmara Municipal da Sertã rompe o contrato de transferência de competências que mantinha há um ano com o Ministério da Educação.
Foram "demasiadas decepções" para continuar a manter a cooperação, diz a vereadora com o pelouro da Educação, Cláudia André. Assinaram o protocolo, mas foram descobrindo armadilhas entre cláusulas de letra miúda e anexos acrescentados ao acordo. É o segundo caso depois de o município de Cuba ter anunciado, em Novembro, ter rompido o compromisso que tinha para gerir a rede escolar pública.
E há mais autarcas descontentes e com contratos suspensos, obrigando o ministério de Isabel Alçada a negociar caso a caso com as 111 autarquias que mantêm os protocolos de transferência de competências na área de educação. Com a Câmara da Sertã já nada há a fazer. Ministério e autarquia não se entenderam quanto ao número de funcionários necessários nas escolas ou ao valor das verbas que deviam ser transferidas para manter os edifícios escolares.
"Tivemos muitas surpresas, mas a mais surpreendente foi descobrir num anexo a transferência para a autarquia da Escola Secundária da Sertã, quando legalmente a nossa competência está circunscrita ao ensino básico", conta a vereadora social-democrata. (...)

"Foram tantas as discordâncias que a denúncia do contrato foi aprovada por unanimidade, com os votos dos vereadores socialistas e social-democratas." (Leia o artigo completo no ionline)
* Imagem dali mas com alteração do texto principal

sexta-feira, dezembro 24, 2010

O melhor Natal possível, num mundo ainda tantas vezes sinistro!Save a child's for Unicef

Não há ponto/Acordo sem "nó"/negócio! :-(

E pronto, para rematar a "trilogia" de posts que se iniciou AQUI --e onde uma suspeita nos fazia cócegas ao cérebro -- e que continuou AQUI, onde anunciava, ainda sem explicitar, a confirmação da dita suspeita, vou hoje falar do tal negócio que sempre veio à luz do dia e relativo ao polémico Acordo Ortográfico. Um que certamente não levantara suspeitas até agora, para além dos possíveis negócios a nível editorial ou de influência/predominância cultural de uns países de Língua Oficial Portuguesa sobre os outros.
Fazendo o ponto da situação: este Acordo agora oficializado não interessa ou agrada à maioria dos portugueses e é posto em causa por muitos especialistas (linguístas, tradutores, professores,editores, escritores ou jornalistas) que quase não foram escutados perante um outro pequeno grupo que atamancou o novo Acordo (A.O.), apesar de serem aqueles os que de forma directa terão de lidar diariamente com o problema. Nem no Parlamento foram escutados, nem foi alvo de atenção pelo mesmo parlamento uma Iniciativa Legislativa de Cidadãos, corajosamente liderada pelo nosso amigo João Pedro Graça.
No Brasil também há inúmeras vozes contra o Acordo, sendo que o AO por vezes nem é carne nem peixe, não respeitando grafias já comuns aos dois países, criando autênticos neologismos ortográficos. Alguns países dos PALOP ainda não assinaram o acordo, sendo críticos ao mesmo.
A quem interessa então a ditatorial legislação e universalização do AO? Aqui cheira a negócio extra-linguístico, diremos logo.
Ora bem, finalmente, na semana passada, lá veio a lume, fruto do ferver de alguma polémica (zangam-se as comadres...) que assim permitiu ao país perceber que mais parcerias público-privadas ou quejandas existiriam por detrás de toda esta aceleração.
Assim, dia 16 de Dezembro último, no Público, surgia a notícia (os sublinhados são meus):
"AR aprova conversor Lince e empresa refuta erros"
O Parlamento vai aplicar o novo Acordo Ortográfico a 1 de Janeiro de 2012, adoptando o Vocabulário Ortográfico do Português (VOP) do ILTEC- Instituto de Linguística Teórica e Computacional e, como suporte informático, irá utilizar o conversor Lince, na sequência da aprovação por unanimidade, ontem, de uma proposta de Jaime Gama. O Governo também já os tinha escolhido na passada semana.
A qualidade do conversor Lince e do vocabulário foi criticada pela empresa concorrente Priberam, que aponta erros ortográficos tanto na conversão da actual para a nova grafia como no VOP do ILTEC. O administrador Carlos Amaral questiona mesmo quem e como avaliou o Lince e a razão para o Governo decidir adoptar oficialmente um programa informático em detrimento de outros, também gratuitos, já existentes no mercado. (...)" (por Maria Lopes) Ler toda a notícia AQUI (Se for assinante da nova versão online,pois..........:-(( )
Portanto: sempre havia um daqueles acordos de café e de atrás da orelha em que os actuais sinistros governantes se tornaram especialistas. E a coisa metia informática ! pois claro! Como não adivinharamos já?! E não se sabia ao certo quem avaliara o quê e, como refuta o ILTEC, ainda está tudo a ser aperfeiçoado e tal... Onde já vimos isto antes?
Ou seja, mais um caso de Lobbies, mas do pitoresco lobby à portuguesa! Grupos de pressão organizados também os há noutros países e cada vez influenciam mais as decisões políticas, mas o lobby à portuguesinha consiste num amigo do amigo ou amigalhaço que é apresentado a um qualquer sub-sub-governante ou aos do topo, num bar ao fim da tarde, numa almoçarada, num cocktail, entre dois rissóis, e basta uns elogios à elegante fatiota, ao poder ou à eventual esperteza saloia, uma referência a palavras como "informática" "computador" ou , melhor, a "tecnologia" e " MODERNIDADE", para se conseguir impingir qualquer coisa sem verificar de toda a sua qualidade, das possíveis alternativas, ou sequer da relação qualidade preço ou real interesse para a nação.Um pouco ao estilo como os vígaros de rua conseguem enganar em três penadas os ingénuos velhinhos ou os ignorantes lapónios chegados à cidade grande, levando-lhes as economias em troco de um relógio avariado ou de uma mala cheia de jóias de fantasia!
Não estamos para já a duvidar das eventuais qualidades do tal "Lince", mas...
Lembram-se do negócio exclusivo com a JP Sá Couto com os famosos computadores Magalhães comprados em barda para as escolas de Primeiro Ciclo?
E lembram-se de negócios com submarinos, fragatas, aviões e helicópteros avariados, tecnologias da energia das ondas (agora monos arrumados a um canto)?
E do programa e-escolas com computadores para estudantes a preços módicos mas com contratos de internet obrigatórios com as operadoras móveis amiguinhas?
E do Programa informático Citius, obrigatório nos tribunais e que tantos magistrados recusam agora usar, por duvidarem da segurança do mesmo, segurança essa não testada por entidade independente mas pelos ... próprios fornecedores?!
E, mais recentemente, o negócio já estabelecido com nova empresa amiga para a criação de chips para os automóveis, a usar nas futuras ex-Scuts e a tentar torpedear a já existente e conceituada empresa Via Verde (que acabou por terminar a rir-se, pois viu esse feitiço a virar-se contra o feiticeiro e acabou por aumentar o seu negócio, visto que as pessoas, revoltadas, optaram por comprar a VV, que agora era mais abrangente),: lembram-se, claro? Toda a pressão para que as scuts tivessem portagens partia afinal de promessas já feitas nesses "acordos" de vão de escada...
E o TGV? Estão a ver a imagem total agora, pois estão?
Pois agora (ontem mais exactamente) veio o Direito a Resposta do ILTEC, liderado pelo prestigiado, não negamos, José Pedro Ferreira. Diz, por exemplo:
"(...) o ILTEC não é uma empresa, é uma associação sem fins lucrativos e unidades de I&D da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. O Lince não é resultado de subcontratação mas de parceria. O ILTEC foi responsável pela definição das características, dados linguísticos, especificações das regras e lógica da conversão do Lince. A KnowlwdgeWorks assegurou a tradução no desenvolvimento do sistema do interface (... blá blá....) Não há programas gratuitos concorrentes d Lince. (...) ". Ver tudo AQUI.
Ok! Agora passaram a existir almoços grátis e todos trabalham e oferecem serviços apenas por amor ao país e tal e tal...
Então e a KnowledgeWorks vive de ar e vento? Não venham dizer que isto também não implica um negócio. E hoje estamos mais que alertados para aquilo em que se tornou o vocábulo "parcerias".
Por isso, se os computadores nacionais começarem a debitar estranhas ortografias e erros vários a esse nível, não esqueçam, contemplem o Lince mas não culpem ninguém e esqueçam quem o negociou, pois este será talvez o único lince que tão cedo não se extinguirá em Portugal.
Alergia (24-12-2010)

quinta-feira, dezembro 23, 2010

NÃO PERCA! Inside Job (num cinema perto de si)


"O poder é sempre injustamente associado à inteligência e, de quando em quando , à dignidade, e não deixa de ser profiláctico, ou curativo, assistir ao espectáculo infantil que nos dão os grandes deste mundo. Não caímos nesta crise pos acaso." (Vasco Pulido Valente, 18/12/2010, in Público, crónica "Valha-nos Deus")
Nesta crónica, V. P. V. referia-se à infantilidade dos políticos portugueses, revelada recentemente pelos telegramas diplomáticos, no Wikileaks. Como por exemplo uma birra do nosso actual PR por não ter sido recebido na sala oval da Casa Branca. Mas o seu teor (e particularmente a última frase) assenta que nem uma luva nos "tubarões" da alta finança retratados neste magnífico documentário, que ainda anda por aí.
Por isso não perca este filme que de forma surpreendente agarra o espectador do primeiro ao último minuto!
Inexplicavelmente, é para maiores de 16 anos, o que é um insulto aos jovens, que mesmo que não entendam por completo os meandros das negociatas dos irresponsáveis jogadores bolsistas e dos políticos a eles associados,-- aliás muito bem explicadas de forma didáctica e acessível-- com facilidade conseguem compreender que o mundo em que vivem está a ser política e economicamente governado por muita gente criminosa, ou pelo menos conivente com o crime de colarinho branco. Qualquer criança de 10 anos inteligente pode entender a essência deste fantástico documentário. Poderá é começar a duvidar da honestidade dos familiares que vê a enriquecer na Bolsa demasiado rapidamente e sem arriscar. Poderá é começar a ter pesadelos com filmes de Terror, desta vez inesquecíveis pois não surgem no reino da Fantasia (com dragões, monstros ou seres mascarados) mas no nosso bem real planeta Terra. E poderá começar a fazer perguntas incómodas...
Perguntas sobre como é possível que gananciosos psicopatas possam jogar com o dinheiro dos outros e do país com o desconhecimento dos respectivos proprietários; como é possível que não sejam castigados pelos desastres financeiros que desencadeiam; como é possível que gente dita poderosa e culta, desde governantes a eméritos e "inteligentes"(?!) Doutores universitários, possam revelar-se tão patéticos e risíveis; ou como é possível que os vilões sobrevivam quase todos e que tenhamos sem dúvida que esperar, aterrorizados, pela "sequela" desta revoltante saga da vida real.
Pois, apesar de ter o formato de um documentário, "Inside Job- a Verdade da Crise" é ao mesmo tempo um verdadeiro filme de terror, um verdadeiro "reality show" e também uma comédia daquelas em que rimos para não chorar.
O filme é de um Terror invulgar: está recheado de psicopatas deslumbrados que, ao contrário de outros, não se "limitam" a massacrar e a sacrificar as vidas dos que os rodeiam (acabando quase sempre destruídos ou pelo menos abandonados e entregues às consequências dos seus pobres delírios). Não! Estes sacrificam sem piedade ou remorso milhões de vidas humanas num raio de milhares de quilómetros transfronteiriços. E os seus delírios vão avante e com múltiplos cúmplices.
Na Era das Trevas, os gatunos, por muito menos, acabavam a enfeitar muralhas,com as suas cabeças espetadas em paus. Nos tempos em que a Democracia e a Justiça tinham algum valor, depois de identificados, eram julgados, muitos iam para prisões de alta segurança. Hoje...
Portanto VEJAM o filme. E depois disto releiam muito bem as notícias que dão grande credibilidade às chamadas agências de rating , aos bancos actuais e a outros antros de crime organizado (e desregulado). Talvez aí comecem a ver esta crise mundial noutra perspectiva.
Parece que já contei demais, mas não. Só vendo mesmo!
Alergia

Ho! Ho! Ho! | No! No! No! | ...

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Único aspecto realista da actual avaliação dos professores ...

Antero, tu é que sabes!

querem uma boa avaliação? então, vão comprar

A outra Sinistra ainda tinha piada ... esta nem vontade de 'blogar' dá ...

Mas aqui vai mais uma dela ...
Isabel Alçada justifica a extinção da Área de Projecto com ausência de ganhos pedagógicos e defende que o Estudo Acompanhado deve ser apenas para os alunos com dificuldades a matemática.
Fonte: Ramiro Marque, aqui

domingo, dezembro 19, 2010

Novo Acordo Ortográfico: como "ESPETAR" a Língua Portuguesa


Em Portugal muitas idiotices acabam por ser impostas por via do hábito e da inércia, optando o cidadão comum tantas vezes por uma situação fatalista, encolhendo os ombros a mais uma nova regra ou lei que foi criada sem o ter em conta. Na verdade, chamar "cidadão" ao habitante de Portugal é geralmente um eufemismo, pois o nosso maior drama será precisamente essa de não termos a noção da nossa cidadania, dos direitos que ela envolve, mas também das responsabilidades que temos em intervir e questionar. Diz-se "Oh , em Portugal é mesmo assim, que se há-de fazer? É tudo uma malandragem a mandar em nós e só nos resta obedecer!". E vai o português e segue com a sua vida quase escravizada, entalado entre as dívidas ao banco e o trabalho precário, com um olho na "bola" (que, já a pensar na sua alienação, não "dá" apenas aos Domingos, como em tempos idos) e outro na telenovela formatada onde, ao contrário da realidade, as personagens vão conseguindo alterar os seus destinos até ao fiinal feliz.
Apesar de tudo isso, sou das pessoas que teimam em questionar o que não se quer contestado só porque "não há tempo a perder" na corrida desenfreada até ao famoso Abismo. E muitas vezes pequenos incidentes do quotidiano fazem-me pensar de novo no que está dado como facto consumado, embora num apenas leve esgravatar salte à vista a estupidez que fundamenta esse facto.
Vem isto a propósito do Novo Acordo Ortográfico (A.O.), agora dito em fase de experimentação em Portugal,mas, como vimos AQUI, já a ser imposto nas Escolas no próximo Ano lectivo.
Num inocente jornal publicitário e gratuito colocado nas caixas do correio pelo país fora, era salientada uma entrevista com o famoso Leonardo Di Caprio. Folheia-se o dito, distraidamente, passa-se os olhos pela entrevista à estrela cinematográfica e o que mais se destaca e fere a vista é desde logo a espantosa ortografia. Ou seja, no mesmo jornal misturam-se artigos ainda obedecendo à "antiga" ortografia com outros já na nova moda desventurosa e sinistra do novo A.O.. Como é o caso da referida entrevista.
Então vejamos. Já nos fazem estremecer palavras como "ator", "ação", "perspetiva" ou "caráter", mas que poderão vir a cair no tal hábito. Por outro lado, não se entende completamente a manutenção de termos como "impacto" (talvez para não julgarmos que se trataria de um antónimo de "pato"), visto que a presença do "c" neste caso nem ajuda a indicar a abertura da vogal (a palavra já é grave, quanto à acentuação), como no "antigo "ACTOR". E. aliás, a origem etimológica é a mesma... Mas é que é uma consoante que se lê, bláblá...(ai aqui já vale...)
Já termos como "afetou" arrepiam ainda mais e nos levam a duvidar como a sua dicção/dição irá sobreviver.
Porém o que mais ridículo surge é o termo "ESPETADOR", numa frase como " ...mas são as personagens que mantêm o ESPETADOR envolvido.". Fica a dúvida sobre que crueldade leva as ditas personagens a "espetar" e onde é que "envolvem" o dito "espetador"!
Consultando diversos dicionários mais ou menos "atualizados", a dúvida persiste. Uns dizem que o termo "espetador" não existe, outros dizem que é o equivalente no Brasil a "espectador", mas tudo remete para esse "arcaico" termo "espectador", se por exemplo quisermos traduzir para outra Língua.
Também vemos que esta palavra foi precisamente uma das mais citadas em debate, aquando da polémica prévia ao assinar do A.O., nomeamente em jornais e na blogosfera, por linguistas, tradutores (por exemplo, Desidério Murcho) e outros especialistas. EM RESUMO: o novo AO permite ambas as grafias espectador/espetador, visto que os brasileiros assim grafaram erradamente por décadas. E a polémica é precisamente pelo que esta opção ambígua do "igual ao litro" deita por terra do famoso argumento de que só desapareceriam as consoantes que não eram PRONUNCIADAS, as chamadas consoantes mudas. O que não se passa, logicamente, com esta palavra ESPECTADOR, onde o "C" é bem "sonoro" e indica a abertura da vogal que a antecede.
É que os assassinos linguísticos que cozinharam este acordo (meramente político!) parecem esquecer que a ortografia não serve apenas para passar ao papel as palavras como são ditas, mas também, ao serem lidas, lembrar/ensinar a forma como DEVEM SER DITAS! Esquecem todas as crianças que ainda vão aprender a ler e para as quais os professores ficarão com menos apoios lógicos e linguísticos para explicar porque algo se diz de uma forma e não de outra. Esquecem todos aqueles milhões de estrangeiros que querem aprender Português e que assim ficarão com mais dúvidas e com mais um argumento para considerar difícil este idioma! Claro que, se aprenderem com um professor brasileiro, que os ensinará a simplesmente abrir TODAS as vogais, o caso estará resolvido (a não ser que tenham de fazer um exame de acesso à Universidade no Brasil, o famoso Vestibular, para o qual terão de empinar uma série de regras absurdas e de pesadelo , sobre a acentuação, para quem não sabe já acentuar graficamente as palavras...na escrita).Portugal pode ficar a "vê-los passar"....
Repito: Isto é um CRIME contra a língua Portuguesa e, como se vê pela pequena amostra do jornalito, já está a criar confusão, pois o novo AO já está a ser aplicado em palavras que estão, segundo este, isentas de serem sujeitas ao decepar de consoantes, pois simplesmente NÃO são mudas! E a regra de "nuns casos desaparece noutros aceita-se a dupla grafia" (tudo para não causar qualquer mossa ou adaptação à forma como os falantes brasileiros já escrevem!) está assim já começar a criar o caos, com uma ortografia que ignora o problema da aprendizagem da Língua, a pronúncia de uma boa parte dos falantes (em Portugal mas também na maioria dos PALOP) e as origens linguísticas que ajudavam a clarificar certas situações. Bem podem comparar com a arbitrariedade da Grafia do Inglês, mas com o mal dos outros podemos bem e não devemos esquecer que a nossa Língua não tem a divulgação comercial e planetária da Língua Inglesa e tem já bastante complexidade a nível da sintaxe, só por exemplo, para dar que fazer a quem a está a aprender como Língua estrangeira!
Por isso não duvidem: a Língua Portuguesa já está a ser devidamente ESPETADA e cozinhada no forno da estupidez dos burocratas e dos criminosos da Cultura!
(ADENDA:Como mencionei em post anterior, sempre achei que deveria haver mais do que uma negociata por detrás desta pressa em impôr o novo AO. E não me enganava,até de forma mais lucrativa do que eu julgava. A verdade à tona vem....Mas como o texto já vai longo, deixarei isso para outra ocasião).
Alergia

sábado, dezembro 18, 2010

Já que estamos em época de cortar o pescoço ao perú.

http://antero.wordpress.com/2010/12/15/cortes/

Ah ah ah ... Também cá estou.

Estão a precisar de reforços, não é?
Cá estou eu : /
Coisas sinistras ... aventurosas ... sim, isso fascina-me. Não vou na linha do cabeçalho/imagem.

E provavelmente, dormirei o tempo todo.

Agradecemos ao SPGL!!!!!!!!!!!!

Escola informação nº 240

24 de Novembro - Greve Geral

Para ler a revista toda: » Descarregue EI 240 | Formato PDF / 4.085,7 kb 


NÓS:

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Wikilikear é preciso; viver não é preciso

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


Imagem do Kaos


Dedicado a toda a equipa das "Wikileaks", os heróis anónimos da década, e a Julian Assange, provavelmente o mais importante bastião do Iluminismo, no séc. XXI

Fui daquelas pessoas, que, desde sempre, achou que o obama devia ir apanhar no pacote, ele mais a gaja que lhe faz as limpezas lá em casa, a clinton, que foi incapaz, em nome do carreirismo, de tomar a defesa do marido, e dizer que se estava zenitalmente borrifando para ele ser brochado pela outra bocarra guimarães americana, na sala oval.

Qualquer americano normal, independentemente das suas tendências políticas e sexuais, adoraria mamar, ou ser mamado, na casa branca, pelo que a inveja fica muito mal aos caráteres, e era aí que a madame clinton devia ter mostrado que era uma senhora, mas preferiu grelhar o marido em vida. Teve azar, e agora chegou a vez dela, porque esta porcaria em que a américa está atascada, por muito antiga que seja, e nós sabemos que sempre foi assim, vai custar ao caneco a reeleição, e ela vai coser meias, com um bocado de azar, as meias da palin, que será a fossa das marianas da política americana, mas eles merecem, e nós também, que ainda andamos a acreditar em pais natais.

Isto é o que corre lá fora, e corre bem, porque o séc. XXI andava a precisar de um novo paradigma de informação, aquele em que os cidadãos da globalidade, para lá das crises, dos impostos e de outras comodidades, passassem a ter direito a saber a verdade, e toda a verdade.

No fundo, a verdade nem é grande coisa, são umas larachas que toda a gente sabe, correm de boca em boca, nos cafés, e que são sistematicamente transformadas em boatos, mentiras, calúnias e difamações, por uns gajos e umas gajas sem vergonha, nem coluna vertebral, pagos para fazerem o frete, nas revistas, jornais e televisões.
Chamam-lhe órgãos de comunicação social, mas comportaram-se mais como pífaros do que como órgão.
Assange, o que preferia foder suecas a foder umas borrachinhas fedorentas, inventadas pelo cabrão do reagan, do joão paulo ii e da puta da tatcher, a par com uns soldados fartos de ficarem sem dedos, sem pernas e sem olhos, resolveu despejar cá para fora o que havia para despejar, quer dizer, a ponta do icebergue, porque o que aí vem é infinitamente pior, e não nos devemos esquecer de que, por muito "arrebenta" que pareça a linguagem dos telegramas de embaixada, eles foram teclados por gente do corpo diplomático, geralmente cordata, e com um nível de polimento, com a qual até me dou bem, excetuados os casos daqueles países párias, de pele escura, que tornaram luanda a cidade mais cara do mundo.
Na verdade, acho que não estaríamos preparados para as verdadeiras "wikileaks", faladas em língua de "liga dos últimos", das intimidades do "major", ou nas tonalidades em que o pinto da costa grunhe, quando está a fingir ejaculações. Isso, sim, seria, será, sórdido, e vai ser o episódio que se segue, como pessoa diria, a realidade da realidade, ou a as wikileaks das wikileaks,
dá b'jinho à bijou, dá bebé, bilou bilou bilou.

A síndroma de assange é muito semelhante ao murro no estômago que a fotografia deu na pintura: deve ter feito os intoxicadores sociais sentirem-se em risco de desemprego, já que toda a gente preferirá agora ler um semanário lançado pelo assange, ou email que circule, em spam, com as últimas, do que as escorrências sebáceas do "expresso", os gemidos da câncio, e as exaltações da clara ferreira alves.

Essa gente, para todos os efeitos, morreu, neste ano de 2010, e não deixa cá saudades nenhumas, ao contrário de outros espaços de informação, os famosos CINCO, que já deram a volta ao filme, e se aliaram ao novo estado de coisas (puexem lá pela cabecinha, e percebam por que é que o "expresso", nem que os cinco fossem dez, poderia ser escolhido para a... aventura.

Cheira mal, cheira a balsemão.


A "Time", ao não aceitar a nomeação de assange para homem do ano, automaticamente, transformou-o no homem da década :-)

Portugal, todavia, como país de castelos, também é país de fantasmas, e adora continuar a fingir que não percebeu que algo aconteceu, porque isto, para todos os efeitos, como diria o senhor kuhn, é uma rotura de paradigma, e depois de se ler um texto wikileakeado, acabaram os argumentos das prescrições, dos erros processuais, das nulidades das escutas, das provas que não são provas porque um gajo qualquer, a soldo da corja, decidiu que não eram provas, e tudo o que parece que é, e é, ao simplesmente ser, acabou agora com esses disfarces ridículos, esses contorcionismos da mistificação, e essa negação do evidente. Pode doer, mas está a ser transmitido em direto, e contra um direto não há quaisquer argumentos, meus caros amigos.

O séc. xviii gerou revoluções pela prosa. O séc. xix viveu revoluções pela música; o séc. xx foi de arrasto pelas brutalidades da pintura; o séc xxi anuncia-se ser revirado pela informação direta.

Por cá, e porque não me apetece wikileakear muito, coisa que já ando a fazer há anos, e a ser insultado e apodado de tarado e ordinário, só vos peço que prestem atenção às últimas danças de cadeiras do velho regime: à beira de eleições, com aquele mamarracho do aníbal, que dava um bom concorrente para o américo thomaz, e o alegre, uma rábula do solnado, mais o das enfermeirinhas e um que eu nem sei o que seja, mas deva não passar de um torresmo qualquer das sobras dos outros, à beira de eleições, dizia, um pântano, um vergonhoso pântano, que devíamos usar como momento de protesto, colocando a tal "república" (não escrevo bananas, porque estão implícitas...) na situação de república sem presidente, tal como naqueles concursos literários, onde, por falta de qualidade, se decide não atribuir o primeiro prémio.

É verdade que gostaria que, no dia 26 de janeiro, fosse título das imprensas mundiais que portugueses decidiram não eleger presidente da república, por falta de nível dos candidatos, entrando em período de sede vacante, com a maria a fazer de palhaço, em regime de duodécimos, mas, infelizmente, ainda não estamos maduros para isso, e os servidores do sistema, as vozes de comentadores, os construtores de manchetes, os desviadores de atenções, os miguéis sousa tavares, os marcelos... não... estou a ser injusto..., esse até está, embora maquiavélico, uns furos bem acima..., bom, "há dem" reparar como continuam a rebentar escândalos oportunistas, uns a beneficiar o aníbal, outros, o de vilar de maçada, e nunca nenhum a beneficiar-nos a nós.

Relembro que estou coberto de medalhas, na guerra contra sócrates, mas a minha guerra, a verdadeira guerra de todos os portugueses, a batalha de todas as batalhas, tem hoje um nome diferente, e é para aí que devem concentrar as vossas atenções, e wikileakear tudo o que tiverem para wikilekear até lá: dia 25 de janeiro deverá, por cidadania e respeito para com a nossa dignidade nacional, o dia de vexar o homem que nos destruiu as esperanças de modernidade, que assassinou a política e, sobretudo, o partido do qual foi bernardo-eremita, o psd, e tornou portugal na cauda da europa, quando o tempo era de mudança, e esperança, a última esperança de portugal.

Falo de aníbal de boliqueime, evidentemente.





quinta-feira, dezembro 16, 2010

Resolução Conselho Ministros 97/2010 Estratégia Nacional para a Deficiência (2011-13)

Ui .... agora é que a coisa pia à maneira .... : /

Se não podes com eles, junta-te! Pois é assim ....

"João Paulo Videira deixou o secretariado nacional da Federação Nacional dos Professores para passar a trabalhar sob a tutela da ministra Isabel Alçada (...)" (ionline)

Nem me apetece comentar ....

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Arrebenta!!!! Se não fosses tu ... afundávamos!

Não se trata de um post do nosso amigo Arrebenta mas sim de uma criação da que por aqui muy admiramos. Hoje, o tema é o nosso Julian ...

no isolamento em Wandsworth

http://braganzas.blogspot.com/

é esta a prisão onde Julian Assange permanecerá até dia 14, sem se saber ainda para onde irá.
entretanto, os telegramas continuam a ser divulgados e já há mais revelações sobre as nossas trapalhadas internas...

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

O Rei da Subversão



«Fico chocado quando ouço essas críticas sobre o facilitismo. E às vezes vejo umas pessoas criticar o facilitismo e olho para vós e penso como é que alguém pode, a pessoas que trabalham, que têm família e que decidiram ir estudar, criticar o facilitismo», sublinhou.
Na sua perspectiva, as críticas de facilitismo têm como alvo os estudantes. Na verdade, nem sei como é que poderiam estes facilitar o que quer que fosse dado o padrão dos cursos. Enfim, para o PM, não é nada com ele e a malta é que é mázinha.

sábado, dezembro 11, 2010

As Cavakileaks, ou o Cabrão de Boliqueime VII





Imagem do Kaos




Há as Cavakileaks literais, que são os chiliques do Aníbal, e as Cavakileaks figuradas.

Enquanto o Professor Lobo Antunes conseguiu fazer esconder, durante cinco anos, que o Sr. Aníbal podia ter umas cavakileaks literais, durante um almoço, um discurso à Nação, ou uma receção oficial, já os Franceses, no tempo em que ainda havia Política, se tinham insurgido contra o cancro da próstata de Miterrand, coisa muito bem disfarçada, mas que era totalmente irrelevante, porque pode ter-se cancro da próstata e ocupar a cabeça do Estado, mas não se deve estar em estado de "sofrer uns ataques", quando se representa uma Nação. Mais não vou dizer, porque dia 25 de janeiro, como há cinco anos atrás, vou resolver a coisinha, bem à minha maneira, aliás, desta vez, de uma forma bem pior... :-)

As Cavakileaks figuradas, ao contrário das anteriores são muito mais graves, e fazem-me lembrar o Livro -- de maus costumes, como dizia o cabrão do Saramago -- de Génesis: no Princípio era o Cavaco, e a partir de aí, foi piorando.

As Wikileaks, coisa que anda na boca de toda a gente, que só agora acordou para a Realidade Real, regem-se pelos jatos de ruído. As Cavakileaks, pelo contrário, são uma longuíssima sucessão de silêncios, que marcará os anos mais críticos da nossa pequena aventura democrática. Eu explico: sempre que há um problema, o Sr. Aníbal fecha a boca, coisa que, nós, Portugueses que pensamos, até agradecemos, já que se trata de um problema de saúde pública evitar que se espalhem perdigotos em todas as direções, ou as babas de caracol, tão ao gosto da cosmética atual, se acumulem nos cantos da boca de uma criatura que se faz anunciar como "Presidente da República". Da República de Boliqueime, suponho eu.

Antes de Guterres ter fugido, quando percebeu que isto era uma jangada de pedra de pedófilos, uma fundação generalizada da fraude e da corrupção, guerreavam-se duas figuras com estatura nacional, o Sr. Aníbal, de Boliqueime, e o Sr. Soares, de Nafarros. A diferença era que o Sr. Aníbal, sempre que não abria a boca, jorravam disparates, que lesavam, para sempre, Portugal, lá fora e cá dentro, enquanto o Sr. de Nafarros, sempre que soltava um chorilho de bojardas, fazia o "lá fora" pensar duas vezes, antes de ousar meter o pé cá dentro.

Presentemente, o "Lá fora" não só meteu cá os pés como meteu tudo o que tinha à mão, de maneira que isto se assemelha mais ao laboratório e de ensaios de todas as barbaridades previstas no Tratado de Lisboa, melhor conhecido por Tratado de Bilderberg, do que a um país.

Cada vez que houve um BPN, o Sr. Aníbal fechou a boca em forma de cavakileaks.
Sempre que surge um BPP, o Sr. Aníbal fecha a boca em forma de cavakileaks.

As cavakileaks governaram ininterruptamente Portugal durante 10 anos, quando o senhor Torres Couto criavamas formações fictícias do mete-dinheiro-ao-bolso, e eram ilibado, aliás, como caducava o Processo Beleza, fortemente rodeado de cavakileaks.
Sempre que a Agricultura era desmantelada, e substituída por subsídios para comprar Land-Rovers e árvores de plástico, ou plantar eucaliptais, havia um enorme silêncio cavakileakal.
Quando os barcos de pesca recebiam ordem de abate, mais se pronunciavam as cavakileaks, de boca completamente fechada.
Era mau, assistir à destruição da Indústria, ao som das cavakileaks.
Quando Eurico de Melo, o Ministro da Defesa, era envolvido num escândalo de pedofilia, lá se silenciava mais uma cavakileak, e assim sempre foi, e assim sempre será, até ao consumar dos tempos.

Todos os silêncios do Aníbal são a longa narração da nossa ruína.

Depois de 15 anos de cavakileaks, Portugal está a beira da Bancarrota, por atos cometidos por, ou à sombra, desta criatura, mas da sua fossa de perdigotos só se ouve que "os Portugueses têm de ser mais exigentes".

Acredite que vou ser, no dia 15 de janeiro, em que me vou lembrar de uma vagabunda corcunda, a enfiar, como Calpúrnia fazia, com César, um bastão de marfim na boca, sempre que o Ditador tinha um ataque de epilepsia, e vou sobretudo, não votar naquele cavakileakeiro que esteve de boca fechado, no dia em que o facínora Dias Loureiro mandou, na Ponte, disparar sobre os Portugueses.

Será a minha cavakileak: sabotar, silenciosamente, a reeleição do Vacão de Boliqueime. De nada nos servirá, mas consola, pelo menos, para os próximos 5 anos, saber que serão os últimos em que ele poderá destruir Portugal, se lá chegarmos.
Poderemos, então, dizer que a nossa Democracia foi gangrenada durante meio salazarismo, por um pós salazarista, cavalikeado e azarado.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Uma (des)ventura em ...

PISA mas com muito cuidado

Os bons resultados do PISA 2009 levaram Sócrates à euforia na exaltação das suas políticas educativas. Mas quando tentou enunciar as medidas do sucesso enganou-se. Afinal nem ele nem o Governo sabem explicar o que se passou.
"(...) O mais estranho é que a própria OCDE se associa ao Governo no elogiode políticas logicamente impossíveis de terem contribuído para estes resultados. O Magalhães não chegou aos alunos agora com 16 anos, o Plano Nacional de Leitura também não. E a Escola a Tempo Inteiro idem, dado que é mais uma medida destinada ao 1º ciclo do ensino básico. É até hilariante ver como Sócrates, em entrevista ao Público, valoriza-a para logo a seguir ser obrigado a reconhecer que ela nada tem a ver com o caso, num acesso de euforia oportunista imediatamente desmascarado.
Como se não bastasse, OCDE e Governo juntam ao ramalhete o actual modelo de avaliação de desempenho dos docentes, ignorando que o sistema de avaliação só estabilizou no final de 2009, e que nos dois anos anteriores apenas trouxe revolta e instabilidade às escolas, acabando por se resumir, no essencial, à entrega de uma Ficha de Auto-Avaliação. Portanto, a reforma na avaliação só desajudou. Apenas nesse sentido Sócrates e Alçada podem transformar os professores em heróis: foi precisa uma grande dose de heroísmo para ao mesmo tempo puxar pelos alunos e combater com todas as forças um sistema de avaliação irresponsável e inoperante e do qual sobra uma inútil caricatura.
Pelos vistos, e descartandoa hipótese conspirativa de outrocozinhado Governo-OCDE, ainda ninguém sabe o que terá contribuído para estes resultados. Falta por isso fazer uma análise muito cuidada e separar as medidas positivas (como até pode ser sido o Plano Nacional da Matemática), das medidas negativas. Isto para que a melhoria verificada possa ter continuidade e o sucesso real dos alunos possa aumentar. É pena que neste combate pelo futuro o governo não esteja seriamente empenhado, como o mostrou na forma infantil e maquineísta com que tratou um assunto tão importante.
Nada de espantar. É que esteGoverno não trata bem nem do futuro nem do presente quando corta no orçamento da Educação. Um corte que vem acompanhado de políticas claramente nefastas para o sucesso escolar. Enunciemos, tantas que são: redução do número de professores; cortes salariais e aposta na eternização da precariedade com consequente desmotivação docente; recusa em formar turmas para alunos com disciplinas em atraso; fim do Estudo Acompanhado, da Área de Projecto e de pares pedagógicos; dificuldades gritantes no Ensino Especial; ausência de contratação de psicólogos; cortes nas prestações sociais e na acção social escolar; escolas encerradas às três pancadas; suspensão da contratação de professores durante o mês de Dezembro; aumento do número de alunos por turma. Assim é certo que não vamos lá."

LEIA O TEXTO COMPLETO AQUI

Petição | Pela realização de concursos de colocação de professores dos ensinos básico e secundário e de educadores em 2011

Clique aqui

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Us noçus cridus "cobradores de fato" vão impor de FATO o Desacordo Ortográfico no próximo Ano LETIVO

------------Ver detalhes da notícia........................AQUI.
Qual fase de transição de seis anos, qual discussão pública, qual escuta dos cidadãos que lidam com o assunto no dia-a-dia, qual consideração pelos professores, especialmente os do Primeiro Ciclo e os de Português... qual QUÊ!!
Está decidido: antes de abandonar de forma inglória o poder, os nossos desgovernantes de fatinho do Rodeo Drive decidiram, em mais um apressado Conselho de Ministros, deixar o país ainda mais desgraçado e com um problema extra para as gerações vindouras: o Acordo Ortográfico será generalizado e imposto no nosso sistema educativo, já a partir do próximo ano lectivo ( ou será "letivo"?) 2011-2012, dando o "fato" por consumado. E " 'bora" de ignorar tudo e todos, passando a batata quente a editores e, sobretudo, aos professores, os tais apelidados de "heróis" num muito recente arremedo eleitoralista e desavergonhado!
Com certeza, como no caso do tgv e de outras negociatas, será mais um caso de pressões económicas no qual uma fatia do nosso país, neste caso a Língua e a sua herança cultural, é entregue de bandeja.
Já está também na calha e a sair do forno ministerial, sem querer que passe pelo crivo (embora fraquito) da Assembleia da República, a assinatura por Portugal do tratado de Londres, que excluirá a Língua Portuguesa como língua de registo de patentes. Vamos! Força! Ainda faltam mais uns pedacinhos de Portugal por esfarelar nos próximos meses!
E o povo assiste pasmo e impávido...

Boa Malha, Protesto Gráfico!


 

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Também não entendo porque não chama o Mário Crespo o Paulo Guinote ...

Imagem daqui

Neste momento, Nuno Crato na Sic Notícias sobre esta treta da OCDE e pior ainda, elogio de Sócrates aos professores - o mais elevado cinismo dos últimos anos ....

Enfim ... ninguém é perfeito

*Nada contra o Nuno Crato

Mas alguém acredita neste governo?

Diz a Nossa Senhora das Gentes Sem Alma que:
...

"Nós não vamos encerrar escolas”

Imagem da Moriae | Direitos reservados
A ministra da Educação negou hoje que o Governo pretenda encerrar escolas do ensino particular e cooperativo. 

Questionada pelos jornalistas, em Coimbra, Isabel Alçada disse que o Ministério da Educação está "a trabalhar para realizar alguns ajustamentos" nos contratos com estabelecimentos de ensino do sector particular e cooperativo.
"Nós não vamos encerrar escolas, vamos rever alguns contratos", acrescentou.
Dezenas de pais, encarregados de educação, professores e alguns directores de escolas do ensino particular e cooperativo, vestidos de negro, esperaram hoje Isabel Alçada, junto ao novo Conservatório de Coimbra, numa concentração que constituiu um protesto simbólico contra a legislação que altera o modelo de financiamento do sector.
Na sexta-feira, num encontro realizado em Coimbra, no Colégio Rainha Santa, a Federação Nacional das Associações de Pais de Escolas Católicas anunciou que iria sensibilizar hoje a ministra da Educação para a necessidade de suspender essa legislação.
Fonte: economico.sapo.pt

A Morte espreita mesmo aos feriados.Promoe - Headache

Crianças e adolescentes portugueses | Casos de violência aumentam ... e as razões??? Parabéns Sócrates!!!

Imagem daqui:

Violência em casa, reflexo na escola

"O coordenador da unidade de pedopsiquiatria do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, onde são acompanhados mil doentes por ano, considera que “hoje as crianças têm mais comportamentos agressivos e reflectem o ambiente de crise vivido pelas famílias”.

Em entrevista à agência Lusa, Pedro Pires afirmou que a unidade, criada em 2003, tem recebido mais doentes nos últimos anos e assistido a algumas alterações dos casos que ali chegam.

Hoje, explicou, “esbateu-se um pouco o pico que havia nos seis, sete anos - a coincidir com a entrada na escola primária - e temos muito mais casos na adolescência e na pré-adolescência, pelos dez, 11 anos - a coincidir com a entrada no 5.º ano”.

Para além disso, acrescentou, “existia há uns anos um equilíbrio entre dois tipos de sintomas: internalização - ou depressão - e os sintomas mais agidos - ou violentos. Hoje os últimos aumentaram substancialmente, as crianças têm mais comportamentos agressivos”.

O médico diz que este aumento pode dever-se sobretudo a dois factores: a questão laboral dos pais e a questão da figura masculina.

No primeiro caso, disse, “assistimos a situações em que as crianças ficam desprotegidas porque os pais trabalham muitas vezes longe, com horários alargados, e elas passam muito pouco tempo com eles; passam muito tempo em várias estruturas: na escola, no ATL, em amas”.

Ou, acrescentou, “há desemprego na família, um factor de desequilíbrio no núcleo familiar e por isso um factor de risco muito importante na psicopatologia das crianças”. (...)"

Leia o texto completo no Público online: Casos de agressividade entre pré-adolescentes aumentam, alerta especialista

Education Internationl | Relatório PISA ignora a voz dos professores!

Missing link: OECD’s PISA report ignores teacher voice 

Texto e imagem: Education Internationa
The OECD’s influential triennial Programme for International Student Assessment (PISA) 2009 report, which gathers information on educational systems, schools, families and students through surveys of school leaders, students and parents has been launched today, but where – asks EI – is the voice of teachers?

Despite the report claiming ‘good educational policy is informed educational policy in which all responsible actors (policy makers, school principals, teachers, students and parents), are provided with the knowledge that they need to make good educational decisions,’ EI cannot understand why the perspective of teachers, who are the first actors to be called upon to implement education policy in schools, continues to be ignored.
EI has long argued that a questionnaire to survey the views of teachers in those schools that are sampled for the study will generate data that can augment the views of students and parents, and provide a robust understanding of the learning context in which findings can be interpreted.
EI General Secretary, Fred van Leeuwen, said: “Critical analysis of how prepared students are to meet the challenges of tomorrow; how well they can analyse and communicate their ideas, and how equipped they are to pursue lifelong learning, among other indicators, necessarily requires that all stakeholders are able to contribute to the evidence base. The continuing exclusion of teacher voice from this report is a missed opportunity and undermines PISA’s aim of offering informed policy guidance to governments, or using the results to show what countries can learn from each other to set and achieve measurable goals.”
The latest edition, PISA 2009, the fourth since 2000, is a collection of five reports covering 65 countries – including the 33 OECD member states – which comprise almost 90 per cent of the world’s economy, to assess how 15-year-old students are performing in reading, mathematics and science.
This year’s PISA report is the first ‘after-crisis’ review, and was therefore intended to offer an early assessment of the impact of the global financial crisis on education systems. EI notes however that the impact of the crisis was greater in many countries in 2010, after PISA, and is expected to continue in 2011 as governments cut public budgets to reduce debt. The report’s focus on reading with an assessment framework that includes printed texts as well as electronic texts, also measures mathematical and scientific competencies, and presents questions used to gather information from schools, students and parents on students’ home backgrounds and learning environments.
PISA 2009’s focus on trend analysis over the past decade states that some countries’ results have improved; others have regressed, while some have remained the same. Overall, PISA 2009 shows minor developments because most participating countries achieve similar results to the past. Just as in the last report, PISA 2006, variation among the core group of 35 countries is smaller than that between students across all levels in each country separately. It is the difference between students and schools that makes overall achievements inequitable, not differences between education systems. Some countries are out of average range, although there is an observable correlation between levels of socio-economic development and aggregate performance. In general, richer countries with more funding in education demonstrate better results than poorer ones.
In PISA 2009, OECD argues that the biggest improvements of “country performance” (rise in ranking) are achieved by narrowing proportions of students in the lowest levels, rather than increasing top levels. EI believes this conclusion argues for greater equity in education, and for boosting resources for students from disadvantaged backgrounds. There is a danger, however, when governments push competition between schools, of perverse effects such as the exclusion of lower performing students and those with learning difficulties. Over emphasis on narrow indicators of performance could lead to teachers coming under pressure to neglect other important aspects of education.
PISA asserts that its results will support governments in helping students to ‘deal with rapid change, to find jobs that have not yet been created, to use technologies that have not yet been invented, to solve problems which have not yet arisen.’ Such claims may be going too far. Only one country, Canada, has so far completed a longitudinal study, tracking students over a number of years. For most countries, PISA remains a snapshot sample of different 15 year-olds in each cycle. PISA reports the performance of different students in different countries (each edition of the report also brings in new countries) at different times, in different social, political and economic circumstances.
Since the 2009 data collection process overlapped with the deepest economic crisis and recession in many OECD or partner countries, it is reasonable to ask how much the broader context matters, especially as the PISA analysis could not take this context into account.
EI argues that education cannot be seen in isolation from the changing situation in countries, and the ‘progress’ or ‘regression’ of countries needs to be contextualised in the socio-economic climate affecting families, education systems and nations. EI also believes that while PISA data shows correlations between performance and different variables, it is simplistic to infer causal relationships. Critical factors affecting education in the broader sense remain beyond the scope and scale of the study.
[2010-12-07] 09:41:54 | DIGG THIS

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