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Há as Cavakileaks literais, que são os chiliques do Aníbal, e as Cavakileaks figuradas.
Enquanto o Professor Lobo Antunes conseguiu fazer esconder, durante cinco anos, que o Sr. Aníbal podia ter umas cavakileaks literais, durante um almoço, um discurso à Nação, ou uma receção oficial, já os Franceses, no tempo em que ainda havia Política, se tinham insurgido contra o cancro da próstata de Miterrand, coisa muito bem disfarçada, mas que era totalmente irrelevante, porque pode ter-se cancro da próstata e ocupar a cabeça do Estado, mas não se deve estar em estado de "sofrer uns ataques", quando se representa uma Nação. Mais não vou dizer, porque dia 25 de janeiro, como há cinco anos atrás, vou resolver a coisinha, bem à minha maneira, aliás, desta vez, de uma forma bem pior... :-)
As Cavakileaks figuradas, ao contrário das anteriores são muito mais graves, e fazem-me lembrar o Livro -- de maus costumes, como dizia o cabrão do Saramago -- de Génesis: no Princípio era o Cavaco, e a partir de aí, foi piorando.
As Wikileaks, coisa que anda na boca de toda a gente, que só agora acordou para a Realidade Real, regem-se pelos jatos de ruído. As Cavakileaks, pelo contrário, são uma longuíssima sucessão de silêncios, que marcará os anos mais críticos da nossa pequena aventura democrática. Eu explico: sempre que há um problema, o Sr. Aníbal fecha a boca, coisa que, nós, Portugueses que pensamos, até agradecemos, já que se trata de um problema de saúde pública evitar que se espalhem perdigotos em todas as direções, ou as babas de caracol, tão ao gosto da cosmética atual, se acumulem nos cantos da boca de uma criatura que se faz anunciar como "Presidente da República". Da República de Boliqueime, suponho eu.
Antes de Guterres ter fugido, quando percebeu que isto era uma jangada de pedra de pedófilos, uma fundação generalizada da fraude e da corrupção, guerreavam-se duas figuras com estatura nacional, o Sr. Aníbal, de Boliqueime, e o Sr. Soares, de Nafarros. A diferença era que o Sr. Aníbal, sempre que não abria a boca, jorravam disparates, que lesavam, para sempre, Portugal, lá fora e cá dentro, enquanto o Sr. de Nafarros, sempre que soltava um chorilho de bojardas, fazia o "lá fora" pensar duas vezes, antes de ousar meter o pé cá dentro.
Presentemente, o "Lá fora" não só meteu cá os pés como meteu tudo o que tinha à mão, de maneira que isto se assemelha mais ao laboratório e de ensaios de todas as barbaridades previstas no Tratado de Lisboa, melhor conhecido por Tratado de Bilderberg, do que a um país.
Cada vez que houve um BPN, o Sr. Aníbal fechou a boca em forma de cavakileaks.
Sempre que surge um BPP, o Sr. Aníbal fecha a boca em forma de cavakileaks.
Sempre que há um escândalo relacionado com qualquer coisa do Estado a que preside, o Sr. Aníbal fecha a boca em forma de cavakileaks.
As cavakileaks governaram ininterruptamente Portugal durante 10 anos, quando o senhor Torres Couto criavamas formações fictícias do mete-dinheiro-ao-bolso, e eram ilibado, aliás, como caducava o Processo Beleza, fortemente rodeado de cavakileaks.
Sempre que a Agricultura era desmantelada, e substituída por subsídios para comprar Land-Rovers e árvores de plástico, ou plantar eucaliptais, havia um enorme silêncio cavakileakal.
Quando os barcos de pesca recebiam ordem de abate, mais se pronunciavam as cavakileaks, de boca completamente fechada.
Era mau, assistir à destruição da Indústria, ao som das cavakileaks.
Quando Eurico de Melo, o Ministro da Defesa, era envolvido num escândalo de pedofilia, lá se silenciava mais uma cavakileak, e assim sempre foi, e assim sempre será, até ao consumar dos tempos.
Todos os silêncios do Aníbal são a longa narração da nossa ruína.
Depois de 15 anos de cavakileaks, Portugal está a beira da Bancarrota, por atos cometidos por, ou à sombra, desta criatura, mas da sua fossa de perdigotos só se ouve que "os Portugueses têm de ser mais exigentes".
Acredite que vou ser, no dia 15 de janeiro, em que me vou lembrar de uma vagabunda corcunda, a enfiar, como Calpúrnia fazia, com César, um bastão de marfim na boca, sempre que o Ditador tinha um ataque de epilepsia, e vou sobretudo, não votar naquele cavakileakeiro que esteve de boca fechado, no dia em que o facínora Dias Loureiro mandou, na Ponte, disparar sobre os Portugueses.
Será a minha cavakileak: sabotar, silenciosamente, a reeleição do Vacão de Boliqueime. De nada nos servirá, mas consola, pelo menos, para os próximos 5 anos, saber que serão os últimos em que ele poderá destruir Portugal, se lá chegarmos.
Poderemos, então, dizer que a nossa Democracia foi gangrenada durante meio salazarismo, por um pós salazarista, cavalikeado e azarado.
(Wikilikeado no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", no "Uma Aventura Sinistra" e no "The Braganza Mothers")
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