domingo, fevereiro 27, 2011

A grande evasão ( de professores) - crónica de Manuel António Pina

A grande evasão ( de professores)
Texto de Manuel António Pina, publicado no Jornal de Notícias

'Quem pode, foge. Muitos sujeitam-se a perder 40% do vencimento. Fogem para a liberdade. Deixam para trás a loucura e o inferno em que se transformaram as escolas. Em algumas escolas, os conselhos executivos ficaram reduzidos a uma pessoa. Há escolas em que se reformaram antecipadamente o PCE e o vice-presidente. Outras em que já não há docentes para leccionar nos CEFs. Nos grupos de recrutamento de Educação Tecnológica, a debandada tem sido geral, havendo já enormes dificuldades em conseguir substitutos nas cíclicas. O mesmo acontece com o grupo de recrutamento de Contabilidade e Economia. Há centenas de professores de Contabilidade e de Economia que optaram por reformas antecipadas, com penalizações de 40% porque preferem ir trabalhar como profissionais liberais ou em empresas de consultadoria. Só não sai quem não pode. Ou porque não consegue suportar os cortes no vencimento ou porque não tem a idade mínima exigida. Conheço pessoalmente dois professores do ensino secundário, com doutoramento, que optaram pela reforma antecipada com penalizações de 30% e 35%. Um deles, com 53 anos de idade e 33 anos de serviço, no 10º escalão, saiu com uma reforma de 1500 euros. O outro, com 58 anos de idade e 35 anos de serviço saiu com 1900 euros. E por que razão saíram? Não aguentam mais a humilhação de serem avaliados por colegas mais novos e com menos habilitações académicas. Não aguentam a quantidade de papelada, reuniões e burocracia. Não conseguem dispor de tempo para ensinar. Fogem porque não aceitam o novo paradigma de escola e professor e não aceitam ser prestadores de cuidados sociais e funcionários administrativos.

'Se não ficasse na história da educação em Portugal como autora do lamentável 'pastiche' de Woody Allen 'Para acabar de vez com o ensino', a actual ministra teria lugar garantido aí e no Guinness por ter causado a maior debandada de que há memória de professores das escolas portuguesas. Segundo o JN de ontem, centenas de professores estão a pedir todos os meses a passagem à reforma, mesmo com enormes penalizações salariais, e esse número tem vindo a mais que duplicar de ano para ano.

Os professores falam de 'desmotivação', de 'frustração', de 'saturação', de 'desconsideração cada vez maior relativamente à profissão', de 'se sentirem a mais' em escolas de cujo léxico desapareceram, como do próprio Estatuto da Carreira Docente, palavras como ensinar e aprender. Algo, convenhamos, um pouco diferente da 'escola de sucesso', do 'passa agora de ano e paga depois', dos milagres estatísticos e dos passarinhos a chilrear sobre que discorrem a ministra e os secretários de Estado sr. Feliz e sr. Contente. Que futuro é possível esperar de uma escola (e de um país) onde os professores se sentem a mais?'

Manuel António Pina

Esta malta do governo é tão ridícula que vale a pena apresentar um momento celestial!


'A luta é alegria, pá! Mais impostos, pá .... Enfim ... impossível transcrever, fantástico!

Petição | P.f. passem a palavra

 Caros colegas, 

Assinei a petição online: «Substituição do actual modelo de Avaliação dos Professores por um modelo justo, credível e que não constitua um entrave para o trabalho com os alunos» 

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N7153 

Subscrevam a petição e divulguem pelos vossos contactos.

Obrigado e bom fim-de-semana

INFO | "Conheça as escolas que contestam o modelo de avaliação do ministério"

Fonte: iOnline

Mário Nogueira: "As 35 horas vão ser preenchidas com aulas e trabalho de estabelecimento”

Preparar aulas, corrigir testes, actualizar, reflectir .... 0
A nova regra de fixação dos horários é outra “batalha”: “o horário de um professor tinha três vertentes: a lectiva, a de estabelecimento e a do trabalho individual, num total de 22 horas, depois disto eram horas extraordinárias”, agora “para reduzir o pagamento destas horas” o horário completo passa para as 35 e não contempla a vertente individual”.
Disto resulta, segundo Mário Nogueira, que “o trabalho individual não vai ser pago, vai ser feito gratuitamente, porque as 35 horas vão ser preenchidas com aulas e trabalho de estabelecimento”.

No jornal Público:  Mário Nogueira: “Não há Ministério da Educação”

sábado, fevereiro 26, 2011

Maria Isabel Girão de Melo Veiga Vilar aka Isabel Alçada (ou ao contrário) ....

... ADMITE desbloquear luta contra homofobia.

Do  até à concretização ainda falta um bocado ... De qualquer modo, parece que as admite .... Mais manobras de distracção?
O Ministério da Educação (ME) reafirmou ontem "a sua disponibilidade para dialogar e apreciar as propostas" de uma campanha contra a homofobia nas escolas, de acordo com uma declaração prestada ao PÚBLICO pelo gabinete da ministra, Isabel Alçada. …
Fonte: Público.pt | Isabel Alçada admite desbloquear luta contra homofobia

2000 Anos de "Expresso"





Imagem do Kaos

Há uma corrente da Historiografia, muito próxima do senso comum, que diz que toda a História não é mais do uma série de tentativas falhadas  de narrativa. Hoje, não estou muito para filosofias, pelo que vou já pelas autópsias.

O "Expresso" completa hoje 2000 anos, e não é todos os dias que se alcança tal longevidade. Na realidade, como em todas as estações da vida, falar do "Expresso", em abstrato, é uma coisa tão lata como querer ver a Brigitte Bardot, curva e boazona, de outrora, naquele grande canyon neofascista de rugas, que, na contemporaneidade, se revolve entre línguas eróticas de gato e olho de vidro do Le Pen.

O "Expresso", para quem não se lembre, vem do tempo da Outra Senhora, em que só havia uma Verdade, a do "Diário da República", e a voz do Ministro da Propaganda. Se quiserem uma diferença entre os órgãos do Regime e o "Expresso" era a diferença que vai do café curto à meia de leite: com um pouco de sorte, sentavam-se à mesma mesa, e partilhariam longas conversas em família, se não tivesse havido um rotura de paradigma político que fez o "Expresso" passar a sofrer da Síndroma de Cavaco, ou das carreiras interrompidas. A seu modo, se houvesse um aligeiramento da Velha Senhora, as vozes sucessores da Propaganda já lá estariam todas a estagiar, como depois ficaram.

Como na Historiografia, o sonho do "Expresso" foi sempre substituir a Realidade por um narrativa contemporânea. Não precisava de ser muito convincente, mas só... à justinha. Num povo com grau de literacia baixíssimo, tudo o que aparecia na primeira página do "Expresso" era mais forte do que a Realidade, e ai de quem se atravesse a contrapor a Realidade à narrativa jornalística do "Expresso", e assim nasceram os monstros que nos conduziram ao presente impasse, sempre com um verniz de elitismo, só possível neste país de pés de chinelo.
O "Expresso" é, sempre foi, e arrisco que continuará, por mais cosméticas de revelações que prometa, o oposto das "Wikileaks": por detrás dessas "audácias", haverá sempre um frete político.
A maior virtude do "Expresso" era, é, sempre foi, a sua tenacidade, quer no louvor, quer na anatemização, talvez devido ao ninho de lacraus que é, e ai de quem lhes cair em desgraça, porque o espírito inquisitório tem o braço longo, e pode durar... milénios, éons, todo o tempo de Bilderberg :-)

A história do semanário não me interessa, talvez por que só o tenha comprado meia dúzia de vezes, mas recordo que, com o tempo, passou a sofrer dos vícios das matronas, muita base, muito baton, muito rimel, e roupas vistosas e quinquilharia para encher o olho. Na "période vache" já tinha sacos de plástico suficientemente grandes para a pessoa o poder comprar, despejar o conteúdo no primeiro caixote de lixo à mão, e poupar num saco do LIDL, trazendo o do "Expresso" no bolso, para o encher depois, com bens de primeira necessidade.

Do "Expresso", podemos dizer que tudo o que foi mau por lá passou, e sofreu dos problemas das rotundas, soluções urbanísticas que, como toda a gente que tem formação na área, como eu, sabe que são a maior asneira, no planeamento de tráfego: se, de quatro vias, que nela confluem, houver uma de escoamento rápido, uma média e uma lenta, ganha, passado dez minutos, sempre a lenta, tornando a rotunda num inferno. Como se sabe, isto é irrelevante para os autarcas corruptos, já que lhes permite pagar o mamarracho escultórico do centro, ao amigo do cinzel mais próximo.

Com o "Expresso", sucedeu o mesmo: era, foi, é uma rotunda do pensamento, onde se cruzaram mentes brilhantes, monos e puros medíocres. Pelo processo entrópico, as mentes brilhantes foram fugindo e brilharam os monos medíocres. Eu sei que toda a gente espera que eu torne a coisa nominal, e eu torno: do bom, relembro Luísa Schmidt, e os seus textos, inimitáveis, na qualidade da forma e da informação cívica: dos maus, só me estão a vir à cabeça duas criaturas que provocaram o maior desastre cultural dos anos 80 e 90 de Portugal, chamavam-se, e chamam-se, Alexandre Melo e Clara Ferreira Alves. Do primeiro, dizia-se que promovia os artistas que o comiam, e os que lhe ofereciam obras, quando não gostavam de o comer. Entregou a criação portuguesa aos subúrbios da Fundação Luso-Americana, a soldo da qual arruinou a especificidade cultural nacional por subprodutos que uns quantos pobres diabos repetiam por cá, depois de saídos de moda em Nova Iorque. Lixo, com o nome de Pedro Cabrita Reis, entre outros. De Clara Ferreira Alves, ignara e vingativa, corria que lançava os escritores que a cobriam. O meu editor fez-me claramente a proposta, mas eu preferi a obscuridade à indignidade, sabendo que o Tempo tudo depois reporia.

O tempo mais triste do "Expresso" veio com o surgimento do glorioso "Independente", que inaugurava uma maneira impoliticamente correta de falar dos acontecimentos, sem o tom de Diário da República, tão ao gosto do Sr. Balsemão.
Como se sabe, nada do que é bom dura sempre, e o mau pode eternizar-se. O "Independente" desapareceu, a Blosgosfera abalou, para sempre, o "Expresso" e todos os jornais, e, por lá, ainda peroram, hoje, nulidades do calibre de Sousa Tavares, ou Inês Pedrosa.
Amanhã, garanto, será pior.

Como este é, apesar de tudo, um texto laudatório e de parabéns, vamos a ele, já que o "Expresso" foi pioneiro nas edições "on-line", e manteve, durante um período glorioso, algumas caixas de comentários às quais devo, de facto, estar a escrever aqui, enquanto heterónimo, especificamente criado para por lá metralhar. O primeiro "Arrebenta", nome que execro, divertiu e divertiu-me, ao divertir muita gente. Acabou, como era de prever, quando o enorme luto, chamado Cavaco Silva, voltou a ensombrar Portugal.

Este é um texto de rotina, apenas comemorador da efeméride, já que o que hoje realmente me preocupa é aquela Jugoslávia do Magreb, chamada Líbia, que vai manchar a segunda década do séc. XXI com as suas atrocidades e estilhaçamento. Isso fica para amanhã. Hoje é dia de dar os parabéns aos bons profissionais do "Expresso" e de dizer aos outros, que sempre consideraram o autor do "Arrebenta"... duvidoso, e lhe tentaram apagar o rasto, que o autor do "Arrebenta" aqui continua, todo este tempo passado, vivo, ativo, e a considerá-los, igualmente... duvidosos, e a apontar-lhes todos os vícios dos rastos, de que nunca se conseguirão libertar.

Continuem, que a gente, no fundo, até gosta :-)

(Quinteto pífio, à la Balsemão, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Uma Aventura Sinistra", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")


quinta-feira, fevereiro 24, 2011

E as outras cidades e centros?

Protesto da Geração À Rasca
12 de Março às 15 horas
Avenida da Liberdade – Lisboa e Praça da Batalha - Porto

E COIMBRA????


Protesto da Geração À Rasca
12 de Março às 15 horas
Avenida da Liberdade – Lisboa e Praça da Batalha - Porto

solidariedade!!! - Protesto da Geração À Rasca

Protesto da Geração À Rasca
12 de Março às 15 horas
Avenida da Liberdade – Lisboa e Praça da Batalha - Porto


O «Protesto da Geração À Rasca» surgiu de forma espontânea, no Facebook, fruto da insatisfação de um grupo de jovens que sentiram ser preciso fazer algo de modo a alertar para a deterioração das condições de trabalho e da educação em Portugal.

Este é um protesto apartidário, laico e pacífico, que pretende reforçar a democracia participativa no país, e em consonância com o espírito do Artigo 23º da Carta Universal dos Direitos Humanos:
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
(…)
Por isso, protestamos:
-Pelo direito ao emprego.
-Pelo direito à educação.
-Pela melhoria das condições de trabalho e o fim da precariedade.
-Pelo reconhecimento das qualificações, competências e experiência, espelhado em salários e contratos dignos.
Porque não queremos ser todos obrigados a emigrar, arrastando o país para uma maior crise económica e social.


No dia 12 de Março, pelas 15 horas, convidamo-lo a estar presente na Avenida da Liberdade em Lisboa ou na Praça da Batalha no Porto, no Protesto da Geração à Rasca cujo manifesto abaixo citamos.


João Labrincha
Paula Gil
Alexandre de Sousa Carvalho
António Frazão

Experimentem ...

colocar 'Isabel Alçada' nos vossos alerta GOOGLE. Acreditem que há assunto todos os dias ....

http://www.google.pt/alerts?hl=pt-PT&gl=pt

Traição? Capitulação? Quem sofre não são os 'acordantes ....'


Ministério da Educação e a Associação do Ensino Particular chegaram a noite passada a um acordo nas regras de financiamento para os próximos cinco anos. O documento assinado pelas partes prevê uma redução gradual do número turmas abrangidas por estes contratos. Das 214 turmas atualmente financiadas pelo Ministério, metade vai deixar de o ser no próximo ano letivo. No futuro, as escolas com dificuldades poderão recorrer ao Ministério.

Fonte: RTP

Copy Paste | Menos 439 euros por aluno no próximo ano

dispensa comentários ... cortes salariais, depois dos congelamentos, menos isto, menos aquilo e agora menos :

altO Governo estima gastar a partir do próximo ano lectivo 3.296 euros por cada aluno nas escolas públicas, enquanto atualmente este valor ronda os 3.735 euros, revelou hoje a ministra da Educação, Isabel Alçada.
Durante uma audição na Comissão de Educação e Ciência na Assembleia da República, a ministra revelou que, segundo dados do Gabinete de Gestão Financeira do Ministério da Educação (ME), o custo médio por aluno em 2010/2011 é de 3.735, ou seja, 85.513 por turma.
Quanto ao próximo ano letivo, 2011/2012, a ministra apontou um custo de 3.296 euros por aluno do ensino público, o que corresponde a 75.457 euros por cada turma.
O Ministério da Educação definiu recentemente uma verba de 80.080 euros por cada turma financiada ao abrigo dos contratos de associação das escolas particulares, uma verba em quase dez mil euros inferior ao valor reclamado pela Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP).
Estes valores foram apresentados por Isabel Alçada para justificar a redução de financiamento das escolas privadas, que recebiam até agora, em média, cerca de 114 mil euros por turma. «Algumas escolas eram financiadas com 80 mil euros por turma e outras a 150 mil euros por turma. É uma discrepância muito grande. Tem de haver justiça relativa e equidade», defendeu a governante..

fonte: Pais & Filhos

Aproveitar alguma iniciativa .... mas ... sempre atentos, não vá a coisa virar ...

FENPROF, SPLIU, SEPLEU, SINDEP/FENEI, ASPL, PRÓ-ORDEM, SINAPE, SIPPEB e SIPE convocam os professores e educadores para uma greve a todo o serviço docente extraordinário, no período compreendido entre as zero horas de 1 de Março e as vinte e quatro horas de 30 de Junho de 2011, apresentando, nesse sentido, Pré-Aviso junto das entidades competentes, já na próxima segunda-feira, dia 21 de Fevereiro.

Lisboa, 21 de Fevereiro de 2011
As Organizações Subscritoras


Fonte: FENPROF

Déjà vu ....

"FENPROF contra as quotas na avaliação

Gatos pretos daqui

A FENPROF, conforme se destaca do documento entregue ao Secretário de Estado Adjunto e da Educação, apresentou esta quinta-feira no Ministério da Educação, em Lisboa, três propostas:
  • A abolição das quotas na avaliação de desempenho dos docentes;
  • A suspensão do actual modelo de avaliação;
  • A negociação do projecto de despacho sobre organização do próximo ano lectivo.
De acordo com o governante, as quotas são para aplicar por decorrerem do SIADAP; o modelo de avaliação é para manter por ser fantástico na promoção do desenvolvimento profissional dos docentes; o projecto de despacho sobre organização do ano lectivo não é para ser negociado.
Face a esta posição absolutamente fechada do Ministério da Educação, fica claro que o diálogo e a negociação são procedimentos esquecidos pela “5 de Outubro”. Assim sendo, compete aos professores avivar a memória dos governantes, o que acontecerá já no próximo dia 12 de Março quando milhares de docentes, em protesto, voltarem a encher o Campo Pequeno e, a seguir, saírem à rua!
O Secretariado Nacional
24/02/2011

 
Ver http://www.fenprof.pt/Download/FENPROF/SM_Doc/Mid_115/Doc_5441/Anexos/PROPOSTA_DA_FENPROF-_ME.pdf
 
 
Fonte: FENPROF"

Assim se avalia em Portugal ... lembra Radiohead ...

"um professor que tenha Excelente vai ter mais 3 valores na graduação, um que tenha Muito Bom terá mais 2 valores e os restantes"


Bom, Regular e Insuficiente não terão qualquer bonificação.
Inacreditável! Tanto faz ter tido Bom como Insuficiente como regular levam todos zero.
Como é que é possível que os professores que não foram avaliados sejam penalizados por tal lei? Um professor tem culpa de ter partido uma perna e ter ficado doente e não ter sido avaliado? Ou esteja destacado noutras funções ligadas ao ensino? Uma professora tem culpa de ter tido uma gravidez de risco e ter estado todo o ano em casa?"
Para terem acesso ao projecto de alteração dos concursos cliquem no
link abaixo indicado e leiam com atenção o artigo 14:

http://www.spgl.pt/cache/bin/XPQ3jTwXX4461eV28FetSMaZKU.pdf

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Este blogue está em luto.

VADE RETRO No céu cinzento, sob o astro mudo, batendo as asas, pela noite calada vêm em bandos, com pés veludo chupar o sangue fresco da manada (Zeca)


O título é da Zé. Ela usa outro tema, da mesma banda. Optei por este. Visitem o VADE RETRO porque ...vale a pena ; )

TOMADA DE POSIÇÃO DOS PROFESSORES DA ESCOLA SECUNDÁRIA JOSÉ GOMES FERREIRA

– SOBRE A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE
Exmo. Senhor Director da Escola Secundária José Gomes Ferreira 
Os docentes, abaixo assinados, da Escola Secundária José Gomes Ferreira, vêm, através deste documento, fazer uma declaração nos seguintes termos:
O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE (ADD):
a)      Não garante a imparcialidade nem a transparência, gerando injustiças, na medida em que:
  • permite a subjectividade e a arbitrariedade do processo;
  • praticamente no final deste ciclo avaliativo, ainda não estão clarificados todos os aspectos que regem a ADD, nomeadamente a situação das quotas e os universos a que as mesmas se referem: é do conhecimento que não existe legislação que atribua, de um modo diferenciado, quotas para cada uma das categorias de professor, designadamente “Professor do Quadro” e “Professor Contratado”, do mesmo modo, não há quotas diferenciadas para Relatores, Coordenadores e restantes docentes em processo de avaliação;
  • o sistema de quotas não assegura uma real e efectiva avaliação do mérito dos professores, obrigando, de forma arbitrária, a descer classificações atribuídas pelos relatores gerando, por vezes, incoerências entre a avaliação qualitativa e a quantitativa;
  • os instrumentos de avaliação utilizados pelas escolas são susceptíveis de apresentar substanciais diferenças entre si podendo criar discrepâncias significativas na classificação final a atribuir;
  • a avaliação a efectuar pelos relatores, não garante a objectividade do processo devido ao excesso e à complexidade do modelo relativamente aos domínios e indicadores dos descritores para cada uma das dimensões;
  • este modelo é dificilmente exequível também pelo trabalho exigido aos relatores que passa pela observação de aulas, apreciação dos relatórios de auto-avaliação e respectivos anexos e evidências, preenchimento das fichas de avaliação global, entrevistas com os avaliados, reunião do júri de avaliação, entre outras tarefas a desenvolver dentro do respectivo horário de trabalho;
  • o processo de ADD teve início sem terem sido definidos e divulgados aos avaliados critérios de desempate de acordo com as quotas.
b)     Não garantiu à partida a formação especializada dos relatores.
c)     Não contribui para a melhoria da qualidade do serviço educativo e das aprendizagens dos alunos.
d)     Não garante a melhoria das práticas pedagógicas dos docentes.
e)     Os processos previstos induzem práticas que agravam as condições de trabalho na Escola, conferindo mais importância à dimensão administrativa em detrimento da dimensão pedagógica.
f)      Ao associar a avaliação do desempenho à progressão na carreira introduz elementos que distorcem a dimensão formativa da avaliação.

Assim, face ao exposto, declaramos não estarem reunidas as condições para continuar o processo de avaliação docente na Escola Secundária José Gomes Ferreira. 
Os docentes abaixo assinados, informam ainda V. Ex.ª que darão conhecimento do presente documento às seguintes entidades:

- Gabinete da Exma. Sr.ª Ministra da Educação
- Conselho Científico para a Avaliação de Professores
- Exmo. Sr. Director da Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo
- Presidente do Conselho de Escolas
- Conselho Pedagógico da Escola Secundária José Gomes Ferreira
- Director da Escola Secundária José Gomes Ferreira
- Conselho Geral da Escola Secundária José Gomes Ferreira
- FENPROF
- Órgãos de Comunicação Social

Escola Secundária José Gomes Ferreira, 17 de Fevereiro 2011

Continuamos.

sábado, fevereiro 19, 2011

Segue assim .... como se fosse uma dica .... NNNormas para exames, já saíram

.... andam a sair as orientações para os exames mas são grandes e estou com preguiça e o meu braço tem de ser poupado ..... de as colocar em scribd

Imagem daqui
-Norma-01-EB-2011.pdf-Norma-01-EB-2011.pdf
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-Norma-01-ES-2011.pdf-Norma-01-ES-2011.pdf
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O JNE ainda não divulgou as orientações do Ensino Básico.
Orientacoes-Gerais-ES-NEE-2011.pdfOrientacoes-Gerais-ES-NEE-2011.pdf
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Pedido de esclarecimento. Assunto: Estatuto do aluno - o PIT

Imagem daqui
"...Plano Individual de Trabalho já que a leitura da lei 38/2010 de 2 de Setembro e do V. Oficio Circular 2011/2 , não é consensual . Coloco aqui as duas opiniões que decorrem em paralelo na leitura dos diplomas acima nomeados:

a) O aluno só pode fazer um PIT por ano lectivo  e este pode englobar uma ou várias disciplinas.  Se entretanto exceder o limite de faltas a outra disciplina  não coberta pelo PIT, terão que ser tomadas outras medidas , por exemplo  análise da situação em Conselho de Turma ou outra mas não poderá realizar outro PIT.

b) O aluno pode fazer vários durante um ano lectivo mas só um por disciplina, ou seja, excede o limite de faltas a Português e é-lhe aplicado um PIT, posteriormente excede a Inglês e é-lhe aplicado um PIT e assim sucessivamente.

Qual das alíneas a) ou b) consideram espelhar melhor a legislação? Na minha opinião é alínea a) mas não é uma opinião partilhada por todos os meus pares. "
Enviei este mail para a DGIDC porque com tanta informação contrária àminha, começo a ficar confusa.
Poderiam ajudar?
Obrigado.

Por Leonor Alves

: ) ou LOL


...
Imagem daqui mas descoberta no Correntes

Greve às horas extraordinárias?

Fonte aqui (passem por lá)
A manter-se o desrespeito pelo trabalho extra dos professores - recorde-se que o Governo decidiu baixar o valor da hora lectiva extraordinária, impondo o seu cálculo na base as 35 horas - a FENPROF anuncia uma greve ao serviço docente extraordinário entre 1 de Março e o final do ano lectivo.
Calculando assim a hora extraordinária, o Governo impõe que todo o trabalho individual a ela adstrito se desenvolva para além do horário de trabalho do docente, ou seja, em regime de voluntariado!...
Para além disso, o valor pago pelo serviço extraordinário soma ao salário-base para fazer aumentar a designada "taxa de redução remuneratória". Isto é, provoca uma redução ainda maior do salário e do valor da hora extraordinária.

Como se tudo isto não bastasse, por ordem do ME, as escolas foram impedidas, em Fevereiro, de requisitar verbas para pagar o serviço extraordinário. Milhares de professores, este ano, nada receberam por um serviço que lhes foi marcado no horário.
Não podemos aceitar esta imposição.
Tal como no passado, com êxito, os professores irão fazer greve às horas extraordinárias.

O Governo tem de resolver este problema até final de Fevereiro. Se não o fizer, a partir de Março, os professores farão greve às horas extraordinárias.

Fonte: FENPROF

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

O Dia da Ira





Imagem do Kaos


Fazia parte das minhas pequenas fantasias ver o Sr. Aníbal, de Boliqueime, atascado na merda que fez em Portugal, desde 1985, mas, desta vez, a fazer de Grande Timoneiro num país sem capitais.
Começou por nos atraiçoar, depois de termos sido espremidos pelo FMI de Soares, e deve, por critérios de justiça, penar agora, às mãos desse mesmo FMI.
Quero ver o tal Cavaco, que nos arruinou com tsunamis de dinheiro, a tirar-nos do buraco da penúria, sem um cêntimo no bolso.
É a minha "revanche" contra essa figura irrelevante do panorama mundial, que durante décadas no vexou no exterior.

Eu sei que isto nos vai custar a todos, mas é um pouco a vingança do ceguinho. A Europa, a mesma, da qual ele desviou, e permitiu que fossem desviados, os fundos fundamentais, para que Portugal tivesse dado o salto da sua pequena mundividência de Santa Comba Dão para coisas mais elevadas, como Milão, Londres ou Paris.
Sei que há um tempo para a ingenuidade, e outro para a verdade.
No tempo da ingenuidade, havia quem acreditasse que o Sr. Aníbal raramente tinha dúvidas e nunca se enganava. Eu era dos poucos que não tinha dúvidas nenhumas, e sabia que, mais tarde ou mais cedo, haveria uma multidão que iria ver o preço de estar a ser completamente enganada. Aparentemente, esse dia está próximo, como indicam os sites de apostas, onde diariamente se especula sobre o que virá primeiro: o encarceramento de João Paulo II, em Rikers Island, a canonização de Renato Seabra, ou a Bancarrota.
Por mim, virão as três em conjunto, mas isto é só uma opinião.

O Governo, previdente, na reta final de mais de vinte anos de Cavaquistão, do qual herdou todos os vícios e manhas da segunda geração, está em agonia, o que quer dizer que se encontra relativamente de boa saúde, quando comparado com o país, que já está morto.
Há uns sectores do comentarismo hilariante, como o eterno Professor Marcelo, que acredita, qual Maria Cavaca, que, com a exportação de presépios, vamos ter retoma ainda em Março, logo que a Múmia de Boliqueime, dada a Constituição que temos, tome posse do par de sapatos de cimento com que logo a seguir vai ser empurrada para o Tejo.

Defronte do Palácio, parece, já está a ser convocada uma manifestação, por sms, para repetir a cena da Praça Tahrir, em que o grunho ainda haverá de estar a perdigotar "juro, por minha honra...", etc, no meio dos babas do costume, e, já cá fora, os 11% de desempregados, os 30% que vivem abaixo do limiar da pobreza, os hemofilizados com HIV, os diplomados sem utilidade, os reciboesverdeados, os funcionários públicos que estão a pagar o BPN, o BPP, os submarinos, os assessores de levar na peida do cartão do Partido, os endividados e os sobreendividados, os que já não têm pão para os filhos, os que odeiam a simples ideia de ter Aníbal de Deus Thomaz em Belém, e enquanto o grunho diz "juro, por minha honra... etc", toda a gente tirará o sapato, e começará a mostrar-lho, e a ulular, para o outro se borrar pelas pernas abaixo, mais o traste da sua Maria, que sofre de elefantíase da cintura para baixo e de microcefalia da corcunda para cima.

Desta vez, não teremos Dias Loureiro para mandar disparar sobre a multidão, mas talvez a multidão decida disparar sobre Dias Loureiro.

Eu não quero este Portugal, e não sou o único.
É chegado o dia da ira, e eu não sou daqueles que gostam de profetizar a desgraça: prefiro que a desgraça recaia agora sobre a cabeça dos que nos desgraçaram, e que, em vez de pessimismo, lhes suceda toda a multidão de coisas péssimas que nos possam desagravar.

Mal cá entre o FMI, vai perguntar o que é isso do BPN, que está completamente falido, e consome um milhão de euros de prejuízo por minuto, e quem está, esteve e estaria ligado a ele; quanto ganham os cabrões que administram empresas sistematicamente ruinosas, e que abismo justifica os lucros de monopólios de escravidão, numa sociedade pretendida de concorrência e mercado.

Parece que a coisa é já para Abril, mas é indiferente Abril, Setembro, Outubro ou Novembro: o importante é que regressem os pavões à base, e o Sr. Constâncio e o Sr. Barroso, por exemplo, sejam julgados em praça pública, e interrogados sobre como foi possível deixar o Estado chegar ao momento de ruína em que se encontra. Se estivéssemos em 1793, não chegariam as guilhotinas para essa corja toda, mas as guilhotinas são hoje outras, e a coisa vai acabar mal: somos demasiado magrebinos, pela miséria, e temos antecedentes históricos, lusitanos, de balear gente que não presta. Não por acaso, as operações de brigadas stop multiplicam-se, mas aquilo que elas procuram, garanto-vos, já está suficientemente resguardado para impedir o que aí vem, e vem forte, como os ventos deste Inverno.

Como se costuma dizer, cá se fazem, cá se pagam. Não tirámos lição nenhuma do apodrecimento da Monarquia, nada aprendemos com o fedor da I República, nem com as conversas em família do período de Alzheimer da Velha Senhora.
A III República vai apanhar com uma lição doutoral: o seu professor será gigante, e dará aulas em ruas repletas de gente insurreta.

(Cinco quinas, a relembrar Portugal renascido, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", no "Uma Aventura Sinistra" e em "The Braganza Mothers" )

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Em destaque | Tiago Mota Saraiva em 5dias.net

Tomar as ruas para romper o silêncio

Eles são homossexuais e estamos bem com isso! - Mas o ME ....

"Dois dos cartazes que seriam distribuídos pela associação nas escolas" (Foto: DR)
A Rede Ex-Aequo queria levar o combate à homofobia às escolas. Mas tropeçou nos contactos com os serviços do ministério, que consideraram a campanha ideológica. BE e PCP questionam
Leia a notícia toda aqui:

Serviços da Educação barram campanha "ideológica" contra a homofobia nas escolas

...
17.02.2011 - 10:59 Por São José Almeida

Sugiro o clique no canto superior que faz apagar a janela ....

Ministra da Educação no encerramento do Seminário Nacional Mais SucessoTipologia Fénix | 17/02/2011 | A Ministra da Educação, Isabel Alçada, preside amanhã, dia 18 de Fevereiro, à sessão de encerramento do Seminário Nacional Mais Sucesso – Tipologia Fénix, que tem lugar no ISCTE-IUL, em Lisboa.


Imagem daqui

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Ui ...... mas que estranho ...

Foto: Inácio Rosa/Lusa

Isabel Alçada: sistema educativo colhe frutos do ideário da I República

16 | 02 | 2011   21.01H
 


A ministra da Educação, Isabel Alçada, afirmou hoje que o sistema educativo está "a colher os frutos do ideário da I República", que sonhava abrir a escola a todos, o que sublinhou está actualmente plenamente conseguido. (...) [Destak/Lusa | destak@destak.pt | Leia a notícia completa no Destak.pt ]

Então a Sinistra Isabel não se gabava de um óptimo acordo???

Imagem daqui
Docentes, encarregados de educação e alunos passaram a noite no Colégio de Cernanche, em protesto contra a redução do financiamento estatatal.

Alunos, pais e professores do Colégio Imaculada Conceição de Cernache, em Coimbra, jantaram e dormiram na escola. Foi a forma de protesto encontrada pela comunidade escolar contra os cortes nos financiamentos ao ensino particular e cooperativo.

Para estes docentes e encarregados de educação, os cortes nos financiamentos, em cerca de 30%, levam à «morte lenta» da escola. (TVI24)

Xi ... será que a Sra. Mestre de dois meses em Boston (ler A Esperteza Saloia De Valter Lemos) Maria Isabel Girão de Melo Veiga Vilar e/ou Isabel Alçada, Ministra da Educação, mentiu???

terça-feira, fevereiro 15, 2011

"Fw: ESTALOU DEFINITIVAMENTE O VERNIZ !.... escolas em estado de guerra"

Recebi e repasso. É importante!
E antes do texto vejam este. A não perder!
http://correntes.blogs.sapo.pt/961972.html

in jornal i em 14-2-2011

A competição entrou nas escolas. Os professores brigam para conseguirem subir na carreira. Colegas avaliam colegas a competir pela mesma vaga. Quem dá aulas de História avalia quem dá aulas de Filosofia. Licenciados em Inglês avaliam licenciados em Francês. Directores com formação em Matemática ou em Biologia obrigados a avaliar coordenadores de Geografia, de Português e quem mais tiver de ser. Avaliadores submersos em fichas de avaliação, relatórios de auto-avaliação, aulas assistidas, reuniões ou entrevistas com os que se candidatam às notas mais altas - Muito Bom e Excelente. Avaliados ressentidos e avaliadores atormentados.

Para quem pensava que a avaliação dos docentes é uma questão que ficou arrumada há um ano quando os sindicatos e a ministra Isabel Alçada assinaram um memorando de entendimento, o engano não podia ser maior. A seis meses de terminar o ciclo avaliativo, há cada vez mais professores a recusar o novo modelo. Há cada vez mais manifestos, tomadas de posição, protestos colectivos que chegam ao Ministério da Educação ou às direcções dos agrupamentos escolares.

Na Escola Secundária de Barcelos, o processo está suspenso e só será retomado depois de todas as dúvidas serem esclarecidas em despachos, circulares ou ofícios. Tanto faz. Desde que as confusões acabem. No Agrupamento de Escolas do Atlântico, em Viana do Castelo, os professores pedem ao ministério para voltar a dialogar sobre um modelo que já provocou um "clima de competição desgovernada". Esse mesmo "clima de competição desenfreada" que acabou com "quaisquer valores de partilha" ou de cooperação entre colegas, avisam os professores do departamento do 1.o ciclo do Agrupamento de Escolas de Gondifelos, em Famalicão.

A tomada de posição na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa, surgiu porque o novo modelo "permite subjectividade e a arbitrariedade". Na Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, 95 num total de 96 professores concluíram que o modelo é excessivamente complexo, burocrático e, por isso, exigem com urgência uma "discussão séria e alargada" sobre o actual sistema.

Causas individuais Há tomadas de posição colectiva e, depois, ainda há os professores que assumem causas por conta própria. Maria José Simas, professora de Inglês e de Alemão na Escola Secundária D. João II, em Setúbal, pediu ao Ministério da Educação para deixar de ser avaliadora dos colegas. Jaime Pinho, professor de História, está na mesma escola e fez o mesmo. José Carvalho, dá aulas de Educação Física na Secundária de São Pedro, em Vila Real, e também pediu a escusa do cargo de relator (avaliador). Aguardam uma resposta mas, entretanto, desistiram de competir pelas classificações mais elevadas. Vão ter de esperar mais quatro anos para voltarem a ter nova oportunidade de subir na carreira. É o custo que dizem não se importar de pagar. Preferem isso a perder o "brio na profissão", a "sanidade" ou o tempo que dizem não estar a ser usado para preparar as aulas.

José Carvalho não teve formação específica para ser avaliador e está convencido de que a sua licenciatura serve apenas para avaliar os seus alunos. "Não me sinto com competência para dizer que um professor é melhor do que o outro só porque estou há mais anos nesta profissão." A antiguidade é um posto neste modelo de avaliação e foi esse o critério para ser nomeado docente-relator. Mesmo que os colegas, embora mais novos, tenham qualificações superiores: "Teria de avaliar pessoas com mestrados e com doutoramentos, formação que não tenho."

E nem tem tempo, avisa o professor de Educação Física. Uma hora por semana é o período que lhe foi imposto para avaliar três colegas. Gasta mais do que isso. São dezenas de fichas de avaliação para preencher, relatórios para apreciar, entrevistas com os avaliadores, reuniões com júris "vão muito além dos 60 minutos por semana". E tudo o resto fica comprometido: "Preparar aulas, desenvolver actividades com os alunos, participar em reuniões de planeamento são algumas tarefas que ficam incompletas ou são feitas a correr."

Maria José Simas usa os mesmos argumentos para recusar avaliar os colegas: "Apesar de ter sido formadora e orientadora de estágios de professores em início de carreira, não consigo fazer o mesmo para os que estão ao mesmo nível que eu ou acima." E como avaliar um colega, assistindo a duas ou três aulas por ano? É a pergunta sem resposta de uma boa parte dos professores. Quem quer ter notas de mérito ou transitar para o 5.o ou 7.o escalão tem de pedir aos outros professores para assistirem às suas aulas - duas no mínimo ou três no máximo terão de ser suficientes para os avaliadores concluírem que as aulas do avaliado são científica e pedagogicamente adequadas.

O avaliador ainda tem de apreciar relatórios de auto-avaliação e preencher fichas com dezenas de páginas e dezenas de "indicadores" que se multiplicam por "domínios", subdividem-se em "níveis" ou se reproduzem em "dimensões", em conceitos ou em temas associados. "O grande problema são os critérios subjectivos que não sei aplicar", reconhece Maria José Simas. Quantificar a contribuição do avaliado para o sucesso escolar ou determinar o seu maior ou menor envolvimento com a comunidade educativa são alguns exemplos: "Não tenho dados estatísticos ou sociológicos para concluir que um professor está mais envolvido do que outro na comunidade escolar nem sequer descobrir qual deles contribuiu mais ou menos para reduzir o insucesso ou absentismo."

Ter de competir com os colegas foi a gota de água: "Na minha escola, somos 120 professores e todos queremos as mesmas cinco ou seis vagas." Ou menos, não se sabe, já que o ministério terá ainda de definir a quota-parte a que cada escola ou agrupamento tem direito. Por tudo isso, e ainda para "não perder a sanidade", a professora de Inglês saiu a meio do jogo. E voltou a ter tempo para se dedicar às aulas.

Porque é disso que se trata, esclarece Jaime Pinho: "O modelo colocou-me num dilema." Ou escolhe os seus 170 alunos ou entrega-se a "um monstro burocrático insaciável." Pondo as coisas nesse patamar, é fácil optar: "Desisti de tentar ser um Excelente ou Muito Bom professor." A partir de agora e, durante os próximos quatro anos, terá de se contentar em ser apenas um Bom professor.

Maria José Simas

ou José Carvalho recusam avaliar os colegas por não terem "competências"

Há professores a desistirem das notas mais altas para escapar ao jogo da competição

Falta de formação dos avaliadores ou modelo complexo e burocrático são as críticas a este modelo

Protesto da Geração À Rasca

http://geracaoenrascada.wordpress.com/     

Procura no Facebook por Protesto da Geração À Rasca

Passar a palavra! | 12 de Março de 2011

[Nota de Manuel Baptista: No longo prazo, apenas a revolução social pode resolver os problemas do povo português e de todos os povos. Mas, para que esta seja viabilizada no nosso território, é necessário que as pessoas aprendam o modo cooperativo de interacção, que entrem em ruptura com o modelo individualista que lhes é incutido mil vezes por dia, pelos inúmeros canais de «estupidificação social» que sustentam o regime. Por isso, estarei nesta marcha e apelo a participar no antes, no durante e no pós...]

12 de Março de 2011 - Um milhão de pessoas na Avenida da Liberdade
pela demissão de toda a classe política

Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de
pessoas. A guerra contra a chulisse, está a começar. Não subestimem o
povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do
porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos!
Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para
mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal
falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de
impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores,
suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três
Presidentes da República retirados;

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes,
profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias
na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e
outras libações, tudo à custa do pagode;

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que
não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º
emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir
milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam
funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas
porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se
uns têm de cumprir porque não cumprem os outros?s e não são
verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais,
numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira,
em 1821, etc...;

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia.. Acabar com o pagamento
de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75
euros nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da
quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem,
para conseguirem verbas para as suas actividades;

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc,
das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares
pelo País;

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento
das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e
famílias e até, os filhos das amantes...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não
permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular
tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado
a compras, etc;

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e
respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos
contribuintes

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos
por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o
regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE
ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE
ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos
que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há
hospitais de província com mais administradores que pessoal
administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES
PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do
partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos
sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com
o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que
criminalizar, autuar, julgar e condenar;

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do
Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao
BPN e BPP;

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e
Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma
recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam
milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de
funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem
a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos
depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela
corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público
Privadas), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos
patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos
contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente
for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito,
perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e
adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País,
manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando
dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e
vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o
progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela
precisam;

26. Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns
anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo
com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso
sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os
crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas
que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas
pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam
cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu
património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.



Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste e-mail.

Regras de designação de docentes para a função de professor bibliotecário ...

Clique na imagem para ampliar

Portaria 76/2011 Segunda alteração à Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho, que estabelece as regras de designação de docentes para a função de professor bibliotecário e para a função de coordenador interconcelhio para as bibliotecas escolares.

Hoje em dia lê-se muito a palavra 'exige-se' mas ok ...



12.02.2011 - 21:19 Por Margarida Gomes
O actual modelo de avaliação de desempenho do pessoal docente foi hoje fortemente criticado, no Porto, por muitos dirigentes de escolas públicas que exigem que o Ministério da Educação (ME) o suspenda por que entendem que o modelo em curso “não garante justiça na avaliação nem promove a qualidade da escola pública”. E até se “construir um modelo de avaliação de desempenho simples, exequível e justo, deve, igualmente ser suspensos todos os efeitos dele decorrentes, nomeadamente na progressão na carreira e nos concursos”.
Leia o resto no Público

Imagem daqui

sábado, fevereiro 12, 2011

As Múmias de Boliqueime: do alto deste palácio, quarenta anos de atraso vos contemplam

N


magem do Kaos

Há revoluções que são como os rios: começam por um simples fio de água e espraiam-se, depois, em infindáveis oceanos.
Creio que esse seja o espírito do Nilo, e, hoje, o Deus Serápis voltou a levantar os braços no Cairo e Alexandria. Para um cético, como eu, prefiro fixar-me nas imagens, e pelas massas que ondulam, em vez de me embrenhar pelos abismos da futurologia. De aqui a muitos anos, aconteça o que acontecer, serão essas imagens que guardarei comigo, como no dia em que o Muro de Berlim se desfez, e em muitos outros, raros, dias, da nossa memória finita.
O futuro das revoluções só é julgado muito tempo depois, pelos vindouros, para quem elas foram eventos de um distante passado.
Hoje é tão só o dia das marés de gente, das cores das bandeiras e dos civismos de multidões pelas quais passaram alguns dos mais altos momentos da História.

Hoje, no Cairo, dança nas ruas a memória do Unificador das Duas Terras, Ptah e Imoteph, a triologia de Gizeh, a impenetrável Abidos, a grande Hatschepsut e Tutmés, o Grande, o hermético Akhenaton, Nefertiti, o trono infantil de Tutankhamon, os Ramséssidas e os tesouros núbios de Tânis, a voz de Necao, que mandou os fenícios fazer o primeiro périplo de África, Nectnanebo II, que compunha cartas astrológicas para Olympia, a mãe de Alexandre, os Lágidas, César, António e Cleópatra VII, Cesárion e Ísis, Selene, o Farol, o Museu e a Biblioteca, Euclides, os tradutores gregos do Biblion, Hipatia, Justiniano e os homens do deserto, Heráclio, Saladino, os Mamelucos, os sultões escravos, Kavafis e um rio enorme e eterno, que desenha no Céu e na Terra, a monstruosa barragem de Assuão.

Hoje é hoje, e o hoje não é amanhã. O amanhã logo se verá, e vivamos, como as bacantes, as noites dos ardentes dias de hoje. Quando, pelas cinco da manhã, o sol escaldante do deserto voltar a recortar o eterno sorriso de Kéfren, grafado na Esfinge, deveremos questionar o futuro, porque o futuro será feito de coisas que aí vêm, muito breves, mas hoje não me interessam.

É bom saber que o Mundo, cansado da sua impenetrável idade, voltou a respirar uns quantos raros momentos de juventude, e que, mesmo eu, inveterado pagão, avesso aos credos do Livro e da chacina, estou agora a olhar, mudo e quedo, para o Nilo das gentes que ainda acreditam nas mudanças.

Nenhumas destas coisas são passíveis de comparação, mas, enquanto o Norte de África se liberta do seu bolor, sem saber o que lhe reservarão os dias próximos, nós, Portugueses, povo sem solução, mais uma vez deixámos que se arrastassem para o topo do Estado cadáveres adiados sem futuro, carregados do pior bafio.
O Tribunal Constitucional desta coisa agonizante, chamada "República Portuguesa", parece que relembrou que o cidadão Aníbal Cavaco Silva iria, a partir de Março, exercer uma lenta agonia no Palácio de Belém.

Confesso que, depois daquele dia aziago de janeiro, em que uma maioria absolutíssima de portugueses disse a esse homenzinho que o tempo dele tinha acabado, pensei, enquanto escritor, que estivéssemos a assistir a um mero roteiro e virar de página de jornal descartável do metro. Votavam no homenzinho, só para que ele pudesse escrever no currículo que tinha sido duas vezes presidente da vergonhosa coisa portuguesa, mas não foi assim: de facto, o disparate desse dia iria corresponder a uma longa indução em coma, com previsibilidade de duração de 5 anos. Quer isto dizer que, quando o Magreb do Sul, hoje, se começou a livrar das suas múmias, nós, Magreb do Norte, alçámos ao nosso pequeno teatro de revista mais um miserável número de "vaudeville", presépios e visitas a lares de mongolóides.
A preceito, esta enorme paralisia cerebral coletiva precisava da sua Praça Tahrir, aliás, precisava de várias, de marés de gente cheia de espontaneidade, que tirasse os sapatos e os mostrasse a esta corja, agora incarnada por uma mumificação algarvia.

Nada disto, aliás, não cheira nem bem, nem mal, porque já perdemos o olfato e nos deixámos anestesiar por uma ignominiosa rotina de passividade. Perdemos a História e o Tempo, e, enquanto os nossos vizinhos vêm para a rua cantar agora o rumor das massas esperançosas, nós veneramos o pão bolorento, endividados, até à Eternidade, por uma multidão de crimes sem castigo.

Essa... "coisa"... que o Magreb do Norte vai colocar no palácio presidencial português é a sombra de um dos maiores desfalques dos dinheiros públicos a que este país já assistiu, o BPN. Eu sei que não têm verdadeira ideia da dimensão disso, esse... BPN, mas eu vou traduzi-lo por palavras: o BPN é uma espécie de casa pia do freeport de entre os rios dos fundos sociais europeus, onde o apito dourado soava como a fundação hemofílica de um furacão da noite branca, a cobrir de modernas, independentes e lusófonas, a cortiçosa mancha do processo do parque de portucale, no meio de um som de ensurdecedoras sucatas de submarinos.
A fatura será um buraco sem fundo, até à morte dos nossos netos.

Se isto fosse um país, e não um ajuntamento de pessoas, quando as caricaturas de Boliqueime se dirigissem, em Março, a Belém, para nos envergonhar mais cinco anos, deveria haver umas milícias da renovação, que os agarrassem pelos braços, e os obrigassem a uma reclusão, para sempre, nas suas aberrações arquitetónicas do Quinta da Coelha, para tratar dos netos, lembrando que o povo que outrora dominou as Rotas da Pimenta não pode agora estar condenado a respirar pó de múmia para todo o resto da sua História.

(Quinteto de Alexandria, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", no "Uma Aventura Sinistra" e em "The Braganza Mothers")