sexta-feira, abril 29, 2011

O que a esta hora todos sabem... a decisão do TC sobre a ADD:(((

(imagem DAQUI)









Depois da "cartada" que foi o apoio à Ministra da Educação por parte do Presidente da República(como em tantas ocasiões, como no caso de leis que contrariam a Lei de Bases do Sistema Educativo, ou o Corte ilegal de salários do PEC 3, só para ficar por estes exemplos), prolongando a angústia e incerteza dos docentes, surge a jogada final pelo tantas vezes ambíguo Tribunal Constitucional.


Mais uma vez lembramos o lapso das notícias.Deviam ser tituladas : suspender ESTE MODELO de avaliação de professores!


Ou seja, nada que no fundo não esperássemos já, da parte de tantos malabaristas da palavra e da incoerência que nos desgovernam.
Estamos "gratos" ao TC, portanto, por também contribuir de forma tão sagaz e burocrática (paradoxo? ora pois... temos direito a criá-los igualmente)
para o ASSASSÍNIO E ENTERRO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA em PORTUGAL!!!
Onde estais, historiadores da Educação do regime? Onde estais, especialistas eduqueses que aprovais estas medidas,que pareceis esquecidos do que aconteceu em países como a Holanda, há uns anos, ao optarem por burocracites absurdas na avaliação docente? --Debandou tanto professor, entre os mais velhos, que se reformaram, e os mais novos ,que seguiram outras carreiras, que agora têm de pedinchar aos primeiros que regressem!
Isto é racionalidade? É poupar em gestão de recursos, inclusivé?
O dia de todos estes coveiros há-de chegar! Aí não poderão vir de fora, dar palpites de:... eu se estivesse lá outra vez faria assim e assado, como fazem os da Economia!

Pois no caso da Educação, PODE NÃO HAVER uma OUTRA VEZ! Os golpes no Sistema Educativo são várias vezes mais letais do que em outras áreas! A idade de aprender da nossa crianças não volta atrás. O seu Futuro não tem remendos possíveis. O que se deseducar agora será pago MUITO CARO por toda a sociedade.
Mas em Portugal há falta de visão. Parece não haver emenda. Os portugueses não deixam que a História ou o exemplo de fora ...os eduque...


Estamos portanto de novo de LUTO pela Educação mas a LUTA, essa, não termina aqui!




(Nota: nas etiquetas mencionei a nossa Ministra, pois ficou muito contentinha , declarando que esta medida tinha sido uma vitória da Educação sobre o o oportunismo dos partidos da oposição, patatipatata... Colocaria aqui uma foto sua, daquelas sorridentes, mas a escolha era tão difícil que desisti. Não pela quantidade, mas pela imagem internacional que devemos dar dos membros do nosso Executivo. Não queremos contribuir para o baixar do rating pelas agências respectivas, ou para que os mercados percam ainda mais a confiança no País, confrontados pelas suas escolhas ministeriais. Poderiam ficar todos confusos e colocar-nos ao nível "Menos que lixo/sucata").



"Alergia"

quinta-feira, abril 28, 2011

Crónica "A academia podre"- Miguel Esteves Cardoso

Creio que ainda não tinhamos abordado a questão do ensino Superior em Portugal, aqui no "Uma aventura Sinistra". Um bom retrato julgo ser este que Miguel Esteves Cardoso fez numa das sua mini-crónicas, há dois dias.
O texto dispensa mais comentários e, apesar de breve, dá muito que reflectir sobre a distorção que é a vida académica no país. Por ser breve também, transcrevo na íntegra. Os destaques a negrito são nossos. Sempre especial, este MEC!




"A academia podre"
"Quando eu era estudante na Inglaterra, antes e depois de me licenciar e doutorar, durante mais de uma década, feliz ou infeliz, graças aos estudos que eram (agora reconheço e agradeço) licenças pagas para as leituras estudiosas que me apetecessem,vivi num mundo sem cálculos de eficiência, recompensas monetárias ou expectactivas de emprego.
As universidades em Portugal, onde depois fui professor cheio de esperanças e incertezas,revelaram-se ser masmorras ignorantes, cheias de preconceitos e privilégios medievais, sem a mais pequena pretensão académica.
Nem os estudantes estudavam -- mantinham uma vida social intocável--, nem os professores professavam. Dizer que era um sistema corrupto implica que tinha sido, nalgum passado, por muito distante, mais puro. Não tinha. Tinha melhorado. Mas muito pouco -- e só graças ao tique-toque inevitável do progresso.
Em Portugal a podridão intelectual, que consiste na valorização da superioridade hierárquica e etária, não mudou,nem mudará tão depressa.
O mal está no vício de ver e entender a carreira académica como um prenúncio ou o sinal de outra coisa qualquer, quando não é mais do que uma carreira académica, uma maneira de continuar a estudar.
É muito diferente a perspectiva portuguesa -- de viver enquanto se estuda -- da inglesa-- de estudar enquanto se vive. Continua a ser muito mais difícil ser estudante aqui e ainda mais difícil seguir uma carreira académica, com o espírito distraído."
Miguel Esteves Cardoso, in "Público", 26 de Abril de 2011

quarta-feira, abril 27, 2011

Esta senhora ainda continua a vangloriar-se? "Flada-se"!!! :(((






(diz ainda que a recente suspensão do modelo de Avaliação docente é um episódio que será passageiro a longo termo)



O QUÊ?!?!


Não lhe bastou toda a desgraça que trouxe à Educação Portuguesa, a mando do seu elegante Senhor e da sua própria obstinação...
Não lhe bastou toda a porcaria e destruição quase irreparável, em escassos cinco anos mas que só com muitas décadas e muita sorte o País poderá vir a limpar...!!
Não lhe bastou toda a forma ostensiva como se passeava pelas nossas escolas quase vazias, aos domingos, ao abrigo de fortes escoltas e de conivência de vários (incluindo o PR) que lhe poliam o ego mesquinho e mal-encarado....
Não lhe bastou o Prémio por esse desmantelamento da Escola Pública, que foi a famosa prateleira dourada numa fundação de título diplomático e "gringo" ....
... Não lhe bastou isso tudo e ainda continua a gabar-se do que fez e a amesquinhar os professores publicamente, o que sempre foi o seu maior gáudio ( Freud lá explicará...)?!?!
*%#&XQ#*x*!!!!!!



O link remete apenas para o "lead" da entrevista, pois os senhores do Diário Económico, em mais um favor à pré-pré-campanha que já assola violentamente os meios de Comunicação social (vide entrevistas várias a governantes e amigos), querem que compremos o jornalito e não faculta online.
Pois bem, estamos também em contenção, não compramos! Pela amostra é mais do mesmo! Por isso a nossa principal intenção é recordar , quase saudosamente (yack!!!...) a "modelo fotográfica" que gargareja na entrevista.

Para quando o desaparecimento destas assombrações viscosas, de volta às profundezas esconsas de onde JAMAIS deveriam ter rastejado?!
(imagem DAQUI)





segunda-feira, abril 25, 2011

Um cidadão por completar (Protesto Geração à Rasca)

(foto: M. Alegria,12-3-2011)


De entre os momentos curiosos no Protesto da Geração à Rasca de 12 de Março,no Porto, (já aqui analisado em diversos posts, de que este não será o último, pois é preciso revivê-lo sempre!) saliento ainda a presença de duas figuras estranhas.
Após a concentração na P. da Batalha e os depoimentos, a marcha iniciou-se. Algumas pessoas ( de um grupo de artistas de rua? de teatro? escultores?) destacaram-se no desfile , ao carregarem consigo duas personagens insólitas: eram dois "balões" artesanais de formato humano. Feitos de plástico(?) transparente, com reflexos prateados, plenos de ar. Um deles parecia meditar, outro tinha os braços lançados em frente, como quem oferece as mãos ao trabalho.


Não cheguei a saber o que simbolizavam e da multidão saiam várias interpretações. Seriam símbolo dos desempregados? da precariedade? do Homem que quer trabalhar e não deixam? Seria o "Pensador"?


Muitos comentavam, a propósito daquele desfile de inesperados 80 mil participantes, que o ambiente que se vivia naquela manifestação lembrava um novo 25 de Abril de 74, ou as comemorações do 1 de Maio do mesmo ano.


Aqueles "homens transparentes" do cimo dos seus mastros, talvez simbolizem afinal o CIDADÃO que renasce para o seu país, mais consciente dos Direitos conquistados desde a Revolução dos cravos, direitos que lhe querem roubar.O cidadão cansado de ser ignorado e de se sentir "vazio" pela desvalorização que sofreu.
Hoje, 37 anos passados sobre a revolução de Abril, não podemos deixar que esse progressivo esvaziamento continue. Temos de reagir e continuar a resistir de todas as formas, sobretudo fazendo um contínuo esforço para que esse "Cidadão" transparente (pois quase ignorado)-- e deixado quase apenas com a pele frágil da sua cidadania, por uma caterva de políticos e poderosos que só se lembram dele nas eleições-- se complete através da sua participação activa na sociedade, através da solidariedade atenta e através da recusa em se ver entalado em dívidas que ele próprio não contraíu.
25 de Abril, sempre!


Salvemos o "Homem transparente", o Cidadão que clama por ser completo.


"Alergia"


Será isto inocente?

25 de Abril nem sempre é ensinado nas aulas de História

O 25 de Abril é um acontecimento chave na história de Portugal mas nas escolas nem sempre há tempo para falar sobre a Revolução dos Cravos na sala de aula. A conclusão é de uma análise feita aos manuais escolares do 9º ano.



Clara Serrano, investigadora do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade Coimbra, disse ao SAPO que nem sempre há tempo para leccionar a parte final do Estado Novo e a Revolução dos Cravos de 1974.
“O estudo da fase final do Estado Novo, da Primavera Marcelista e até mesmo depois do 25 de Abril muitas vezes não é cumprido pelos professores”, refere a investigadora que também é professora de história.
O principal problema é que os programas do 9º ano de escolaridade são “muito vastos” e os professores nem sempre têm tempo para chegar a esta parte na matéria. Clara Serrano acredita, contudo, que “não existe nenhum professor de história que não fale do 25 de Abril nas suas aulas”.
Estado Novo: fascista ou autoritário?
Outra conclusão retirada do estudo "O Estado Novo. (Re)visitando os Manuais de História Portugueses" é a imagem do regime como sendo “autoritário” e não “fascista”. “O Estado Novo surge na sequência dos regimes autoritários, do fascismo italiano, do nazismo e do franquismo”, nota a investigadora.
“Os manuais reflectem um pouco a opinião da historiografia portuguesa em relação ao Estado Novo”. “A ideia de que o Estado Novo não é um regime fascista, uma ideia defendida nos anos 70”, explica Clara Serrano.
Esta ideia “não é consensual”. “Para os professores torna-se muito difícil explicar aos alunos que o Estado Novo não é um regime fascista porque ele surge na sequência destes regimes e tem muitas semelhanças com eles”, conclui a professora.
Reformulação dos programas
Uma das soluções para estas questões seria uma “reformulação dos programas de História”.
“Os programas têm de ser repensados forçosamente para que se tornem menos extensos, para que possam ser cumpridos e para que os alunos possam realmente abordar questões essenciais como o 25 de Abril”, conclui a investigadora. 
+ "Manuais não contam a história de África", diz investigadora

Fonte: Notícias Sapo

domingo, abril 24, 2011

quinta-feira, abril 21, 2011

"Embrulhado"?! Eu diria... retorcido e desalmado!!! :((

(in, "Público" de 21-4-2011, artigos de Clara Viana)

Espero que seja visível...



Ok ... e mesmo assim, veja-se o estado da questão!!!

Educação lidera ajudas directas com verbas do Orçamento

por António de Albuquerque  

Vamos lá ver então ... Alguma novidade? Só para Totós!

Conheça as escolas que recebem mais apoios do Estado

Ana Petronilho  
19/04/11 15:36

Dos dez colégios com contrato de associação que mais recebem apoios, apenas três são católicos. 

São os colégios não católicos, com contrato de associação, os que mais recebem apoios do Estado. Apesar dos últimos cortes, o ministério da Educação foi o que mais apoios directos deu, durante o ano passado, tendo sido canalizados mais de 156 milhões de euros como apoios directos para institutos, cooperativas de educação, colégios e externatos, entre outras entidades.

Dos colégios com contrato de associação, foi o Instituto D. João V, com 130 professores e cerca de 1.400 alunos que fica no concelho de Pombal, que mais recebeu apoios da tutela de Isabel Alçada, ultrapassando os cinco milhões de euros.

Entre os dez colégios que recebem mais apoios do ministério da Educação, apenas três são católicos: o Colégio Nossa Senhora da Apresentação, em Aveiro, os Colégios da Província Portuguesa da Congregação de S. José de Cluny, em Coimbra, e o Colégio de São Teotónio, também em Coimbra.

Foram estes alguns dos resultados da primeira fiscalização das Finanças, que divulgou todas as ajudas directas do Estado através dos vários ministérios a empresas, câmaras municipais e associações, que ultrapassou os 556 milhões durante o ano passado.

Fonte: Jornal Económico online

A ler | Clara Viana

Uma "mudança cosmética" que deixou quase tudo por fazer

Não desvalorizando a autora e seu trabalho ... aqui vai um grande LOL

Numa tese de Doutoramento, que incidiu sobre 100 professores, um acompanhamento de duas semanas e "colocando-lhes questões antes do início do trabalho, "logo pelas 8 horas", e ao final da jornada "para avaliar como correu o dia de trabalho", Maria Alexandre Costa concluiu que:
"(...) Os professores portugueses não conseguem "recarregar baterias" após um dia de escola, mantendo-se sempre ligados ao trabalho, o que provoca "um desgaste enorme"
e que o segredo : )
 "é encontrar formas de relaxamento que são próprias para cada pessoa", porque "quanto maior é o desgaste de um dia de trabalho, mais difícil é relaxar, embora haja uma maior necessidade de o fazer".
Mais adianta:
"(...) a segunda-feira é o dia mais difícil para os professores, porque é quando "os profissionais se sentem menos relaxados".
Para a docente, esta é uma conclusão "curiosa", uma vez que, apesar de ser o dia seguinte ao maior período da semana destinado aos tempos livres, apresenta-se como aquele em que "os professores mais rapidamente perdem esse relaxamento".
O estudo permitiu também concluir que "à sexta-feira há recuperação de relaxamento" (distanciamento psicológico da actividade profissional), referiu a docente, que interpreta este dado como "o efeito de contaminação do fim-de-semana"." (Fonte: JN)
Mais saboroso que a tese supra referida? ; /
Enfim ...

Atenção: Publicação do Aviso de Abertura do Concurso Anual com vista ao suprimento das necessidades transitórias de pessoal docente para o ano de 2011_2012

Aviso de Abertura do Concurso Anual com vista ao suprimento das necessidades transitórias de pessoal docente para o ano de 2011_2012 (Fonte: DGRHE)

Leitura recomendada | Secos & Molhados

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'Concurso nacional de docentes 2011/2012 - Aviso de abertur

Acabadinho de sair... Cliquem aqui, para acederem ao Aviso n.º 9514-A/2011 relativo ao concurso anual com vista ao suprimento das necessidades transitórias de pessoal docente para o ano escolar de 2011 -2012. (Professores Lusos )
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ADENDA via Ad duo

Concursos para Contratação e DCE a 26 de Abril

"A DGRHE disponibilizará, entre as 10:00 horas do dia 26 de Abril e as 18:00 horas do dia 9 de Maio de 2011 de Portugal Continental, a aplicação para candidatura ao Destacamento por Condições Específicas (DCE) e Contratação (CN)." (Ad duo)

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: )


terça-feira, abril 19, 2011

Info | Oportunidades & Leilões | Sócrates

Print screen daqui: http://www.leiloes.net/Vende-se-Primeiro-Ministro-de-Portugal-,name,171362290,auction_id,auction_details
"Condição: Usado
Motivo: Liquidação do país (alternativa a empréstimo do FMI)
Descrição:
Boa aparência, com guarda-fatos e teleponto incluído. Excelente marketeer, até garantir a venda de gelo no Pólo Norte ou areia na praia. Desenrascado, persistente e com boa imagem do lado esquerdo e lado direito. Licenciado com distinção num Domingo e boa capacidade para idiomas como o Castelhano e Inglês (apenas compreensão e leitura).
Boa rede de contactos com políticos de vários países e extraordinária rede de contactos de amigos em Portugal. Muitos amigos. Aliás, amigos assim não se encontram em muitos países.
Atenção:
Por favor, não licite se não estiver mesmo interessado. Se for o vencedor do leilão, tem 5 dias para entrar em contacto e efectuar o pagamento. Se passados esses 5 dias não for efectuado o pagamento, será dado feedback negativo e reportado à equipa do Leiloes.net ."

segunda-feira, abril 18, 2011

Vídeo | Garcia Pereira | Recomendo


Esta pessoa chama aos outros tudo o que ele é ...

Já o ouviram a dizer bem de alguém?

Ainda mexe?

Twitter / Governo de Portugal: ME: Isabel Alçada na apres ...
ME: Isabel Alçada na apresentação dos projectos de dois futuros centros escolares e da nova Escola EBS de Baião. Baião. 15h45.
twitter.com/govpt/status/53788978796695553
Professores preocupados com falta de informação sobre concurso ...
Ministério da Educação, liderado por Isabel Alçada, afirmou que o concurso está "em preparação" e será anunciado "em breve" ...
www.cmjornal.xl.pt/.../professores-preocupados-com-falta-de-...
Famalicão - Cidade Hoje , rádio e jornal - Ministra da Educação ...
A Ministra da Educação, Isabel Alçada presidiu, no dia 1 de Abril, na Casa das Artes, à cerimónia das comemorações do 20.º aniversário da Escola ...
www.cidadehoje.pt/index.php?option=com_content...

Concurso para professores contratados

"O concurso para os professores contratados começará esta semana, previsivelmente já hoje,)...)" (EDUCARE)


Print Screen




domingo, abril 17, 2011

Iniciativas- ainda o protesto da(s) Geração/ões à rasca

(foto- M. Alegria, 12-3-2011)

Continuando a relembrar o Protesto da "Geração à Rasca", no Porto. Não um simples recordar, mas, como já expliquei aqui, para manter viva essa "chama" de cidadania que se despoletou entre os cidadãos anónimos, nesse dia.

Entre muitas imagens marcantes, deixo-vos esta, de um cidadão que, de uma janela na Praça da Batalha, começou a mostrar em silêncio as mensagens que escrevera em simples folhas A4.

Após os testemunhos ao microfone, começara a marcha (inicialmente marcada para a pequena praça D. João I, mas depois alterada, a conselho das autoridades, para a Praça da Liberdade, dada a inesperada afluência de multidão).

E então surge este homem, a uma janela. Todas as cabeças se viram para o alto, para tentar descodificar o que estava escrito a esferográfica. Mais um gesto espontâneo. Mais alguém que tinha algo a dizer, algo que lhe apertava o coração.

Mais tarde, deparei com o mesmo concidadão já em plena praça da Liberdade, falei com ele, mostrou de perto os seus papéis, passou-os lentamente, um a um, para que o filmasse. Infelizmente o filme não ficou bem. Resta a foto...:(

O que diziam as folhas?

Simplesmente: "Portugueses"/ "Enganados"/ "Conformados".

Algo que o revoltava.

(explicou que haveria uma versão mais vernácula e menos politicamente correcta... :)))) Optara por estas palavras... e nós também!).

PORTUGUESES/ ENGANADOS/CONFORMADOS... aquilo que temos de deixar de ser... a bem do futuro como povo e país independente.

Pensem nisso, quando estiverem a passear neste belo dia de sol. Bom resto de domingo a todos!

"Alergia"

quinta-feira, abril 14, 2011

A metamorfose de Kafk..., perdão, de Sócrates, seguido de Je Vous Salue, FMI



Imagem do Kaos


Aconselho-vos a manterem olhos e e ouvidos bem abertos, porquanto estamos a viver um momento histórico único, ou, mais simplificadamente, em Portugal, o solzinho está agora a dançar todos os dias.
No fim de semana, dançou em Matosinhos, com uma apoteose como não se via, desde a captura do Gungunhana, episódio que antecedeu a queda, de podre, da Monarquia. Subitamente, e numa metamorfose a que tive de bater palmas, muito semelhante àqueles casos de morgue, em que a viúva já chora a herança que vai ter, e, suddenly last congress, o lençol mexe-se, há um dedinho que se move, e o defunto regressa à vida!...
Sendo honesto, e num tempo em que a Política deu lugar aos espetáculos reles de Berlusconi, Obama e Sarkozi, senti que Sócrates era um Bórgia, ou seja, não tinha só um currículo de crimes, mas igualmente o savoir faire, que Maquiavel tão bem contou, de envergar as vestes do interesse de Estado, com as mãos ainda sujas do sangue da véspera. Se gostasse de mulheres, certamente teria uma Lucrécia a seu lado, mas como não gosta, contentou-se com colocar Ferro Rodrigues como primeiro voto em que alguém terá de votar, já que Lisboa é a capital, e tudo o resto é betão, ou paisagem ardida, e, quando, forem pôr a cruzinha no "Engenheiro", lembrem-se de que também estão a pregar o caixão do "Casa Pia".
Acontece que, dos muitos comentários que tenho ouvido, o Sr. Sócrates regressou, triunfante, brutal, esmagador, e preparado para o seu terceiro exercício do cargo de Primeiro Ministro de Portugal. O desânimo notava-se, no fácies criminoso de Miguel Relvas -- esta é uma história para desenvolver outro dia, porque tenho de perguntar o nome da empresa, que se encarrega de ir comprando empresas falidas, que são baratas, porque estão falidas, com a particularidade de nunca as pagar, o que dá sempre jeito. Miguel Relvas, um caso típico de Lombroso, costuma estar nos jantares dessa... coisa. Depois, falaremos... -- no súbito silêncio de Portas, a Miss "Fardas", Marylin vai às tropas, que, por um instante, pensou ir ser a Carlota Joaquina da nova AD, por falta de brilho de Passos Coelho, um gajo que está a caminho da trituradora implacável do PSD, as excitações do Bloco de "Esquerda" e o avanço, imutável, do PC.
Há um leitor destes blogues que diz que a estimativa eleitoral são 33% para o PS, 33% para o PSD e 33% para os restantes. Há 1% que sobra, mas ficará para o FMI, em títulos do Tesouro (?), ou seja, o País ficará como o campo de batalha das camorras do Sporting, podendo acontecer que, dia 5 de junho, apareça uma urna, com 60 votos, que, de repente, interrompa o discurso triunfante de Passos Coelho, para dizer que o Primeiro Ministro do Portugal possa voltar a ser o Vigarista de Vilar de Maçada. Há gente sem conta que sente que houve uma espécie de segundo golpe de estado constitucional, equivalente ao dado por Jorge Sampaio, para liquidar Santana Lopes, afastar momentaneamente o pedófilo Ferro Rodrigues da chefia do Governo, e entregar o Estado ao Polvo Sócrates. Desta vez, foi a Múmia de Boliqueime, completamente gagá, que deixou o País sem Governo e sem face, entregue a uma intervenção externa, que, qualquer bom observador sabia já estar delineada na sombra, mas maquilhada de autonomia interna. A autonomia interna foi-se, e ficou claro aquilo que sempre disse: somos mandados por fora, e a realidade é uma sucessão de acontecimentos forjados, que uma comunicação social e uma máquina de propaganda habilmente treinadas, para um público médio e meão, confunde com irremediável encadear das coisas.

Caído Sócrates, com o homem que diz "não" a dizer mais uma vez "sim", e alguns palhaços a anunciarem que ainda podia ser pior, ou seja, o protonazismo do PS a colar-se à Geração à Rasca, e com a clarificação de que a "independência", em Portugal, é sempre o nome que os consolos das enfermeirinhas, os Nobres, dão, e tornam, sempre, sinónimos de ânsia de cenouras, ou, mesmo, cenourinhas, e a levantar-se na semana seguinte, o argumento mais extraordinário para ir votar nele -- e, mesmo assim, não irei, mas estimo que haja quem vá... -- é o do Kaos: se os Portugueses elegerem o homem que o anormal de Boliqueime deixou cair, seria de esperar que Cavaco fosse corrido de Belém, onde nunca deveria ter posto os pés, visto tratar-se de um dos dez criminosos que conduziram Portugal à ruína.

Suponho, pelo contrário, que isto se resolverá na rua, quando a Geração à Rasca estiver ainda mais à rasca, e todo o País perceber o que foram trinta anos de (de)sintegração europeia, conduzidos pela pior camorra que este país, este Estado-Nação mais antigo do Continente, conheceu. Haverá vária gente com as terríveis palavras de Otelo na cabeça, na boca e no coração, e, como se sabe, nada resiste a uma multidão que clama por justiça, ou, como diria Adriano Moreira, de uma velhíssima escola de valores,  "O direito à fome não está inscrito na Constituição".

O Doente de Belém, que já devia ter saído com Sócrates e sido substituído por alguém, com perfil à altura do dramatismo da situação, continua a sonhar com o Dia da Raça, a Assembleia Nacional e os vestidos da Maria, quer dizer, oficialmente, porque esta categoria de escroques, quando tenta passar despercebida, está sempre a cuidar da sola das próprias botas. Quando compra 250 000 ações, por 1 €, ou lá quanto foi, por debaixo do tapete dos mercados, caso estivéssemos num país civilizado, isto já seria motivo suficiente para que fosse imediatamente atirado para a gaveta da História, mas não foi, embora vá depois, brevemente, e de uma forma que lhe vai particularmente desagradar, porque lhe vai recordar aquele mau momento em que a sua carreira, e o seu estatuto de "integrado no Regime" foram interrompidos por umas agitações militares de umas gentes mal educadas.

Em Portugal, a má moeda cai sempre na rua, quando se conjugam duas coisas, o Povo e os Militares. Para quem perceba um pouco de Astronomia, a efeméride está iminente, e até eu, que não sou especialista em Finanças Públicas, como esse anormal que destruiu, entre 1985 e 1995, os Setores Primário e Secundário do tecido produtivo nacional, posso fazer-lhe umas contas de Finança Privada: para que o Aníbal e a Perpétua, ou a Patrícia, ou lá qual das cadelas de Boliqueime se trate, comprassem 250 000 ações do Banco Madoff, também conhecido por BPN, seriam necessários 20 anos de salário de Maria Cavaca, 900 €, todo poupadinho, à justa e bem enrascadinho. Coincide, por acaso, com os 20 anos em que esteve -- estiveram -- a destruir e envergonhar Portugal, pelo que o Sr. Aníbal, o tal Presidente que o PS se recusou a apoiar na segunda volta, quebrando uma tradição pós 25 abrilista, até tem as continhas de casa bem feitas, cagando-se zenitalmente para a situação dos restantes Portugueses.

Os srs. do FMI que chegaram, A PÉ, ao Ministério das Finanças, para se lhes deparar o que é o horror de uma teia montada durante décadas, anunciaram que vão começar pelas Autarquias e pelas parcerias público-privadas, um estado de alma que se resume assim: quando dá prejuízo, é o Estado que entra com os dinheiros; quando dá lucro, vai para os Bavas, os Carrapatosos e os Varas. Nas Câmaras, toda a gente tem o mesmo apelido, e há milhões de vascos francos.
Achamos brilhante, e que é chegada a altura de essa situação ser feita explodir, com granadas de mão, que até pode ser o FMI, ou a ETA, a lançar. Os Portugueses agradecem.

Há apenas um pequeno problema: chamaram um FMI para tratar da Economia visível, que é muito pouca coisa, se tirarmos os célebres moldes de plástico de Philipe Boutton (de Rose) e o tráfico de criancinhas, a partir da Casa Pia.
Do meu ponto de vista, deviam ter sido chamados DOIS FMIs, sendo o segundo para a Economia paralela, a dos "off-shores", dos negócios líbios de Duarte Lima e Dias Loureiro, das fundações Vara, da Feira da Ladra, dos cafézinhos e bifanas sem fatura, e de todas quelas coisas sinistras que realmente dão lucro em Portugal.
Esperemos que os técnicos do FMI tenham capacidade para abarcar a enormidade deste terreno sem rei nem roque, e o taxem.
Bastava 10% da economia paralela entrar nos cofres do Estado, e tornávamo-nos logo superavitários. O problema é a dimensão da coisa: não há nenhum técnico do FMI que tenha tempo de vida suficiente para analisar 900 anos de História, de prática, de uso, de gosto, de vício... disto.

(Quinteto do aperta as ligas da Fernanda Câncio mais as ceroulas do Cavaco, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Uma aventura sinistra", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")

Mais novidades! | [CasaViva] rádio casabiba...a Es.Col.A do Alto da Fontinha

Apareçam!

sábado, 16 abril a partir das 17h00

Carta de apresentação do projecto ES.COL.A
libertar espaços, criar alternativas
Car@s vizinh@s,

Seguindo o exemplo das crianças, que ainda há pouco tempo saltavam estes muros para jogar à bola, juntamo-nos para tentar devolver este espaço público aos seus reais proprietários, a comunidade.

Queremos que esta acção inspire projectos semelhantes, noutros lugares abandonados, para assim conseguirmos acabar com a degradação e o estado de abandono da nossa cidade.

Somos um grupo de pessoas que sente falta de um espaço autónomo, livre e não-comercial, onde desenvolver actividades que não sejam focadas no lucro ou viabilidade económica. Perante a inactividade e desrespeito pelo património que a câmara municipal, as autoridades competentes e os proprietários mostram, decidimos agir pelas nossas próprias mãos.

Queremos criar um centro autónomo, aberto para diferentes iniciativas, que não sejam discriminatórias. Só o podemos fazer com a tua participação e a de toda a vizinhança. Queremos que este espaço seja livre de hierarquias e que as decisões sejam tomadas por tod@s que participam.

As actividades que se realizam hoje são um exemplo das actividades que podem vir a acontecer neste local.

Acreditamos que, para uma cidade melhor, os espaços não devem ser emparedados mas abertos para as pessoas criarem alternativas.

Es.Col.A do Alto da Fontinha
Espaço Colectivo Autogestionado

17h00
Viktorspadinha apresenta :
...
Biodiscografia dos...PIXIES...vamos passar em revista a música de uma das bandas que mais influênciou a música nas ùltimas 2 décadas. Do primeiro ao ultimo album.

20h00
Teoria da Conspiração com Torcato Reis

22h00
Tentáculos Alternativos com Subcarvalho e Luis Salgado.
Mais uma vez vamos pôr à prova os nossos ouvintes.
Vamos ter um programa sobre os 5 sentidos e na descoberta do 6º.
Dissecaremos os universos paralelos dos MASSIVE ATTACK e faremos uma viagem ao interior dos TOOL...sem volta!

01h00
Dj Tráscáescada...

... Rádio casaviva, uma rádio nada amiga...escuta e divulga.

para ouvir sem sobressaltos a emissão subversiva da rádio casaviva, segue os seguintes passos:
abrir... http://badmoodradio.blogspot.com/
- na coluna da esquerda, em "listen/ouvir", escolher "winamp".
- salva a playlist no ambiente de trabalho.
- abre a playlist com o VLC (se não tiveres descarrega no link abaixo de "listen/ouvir")
- se quiseres estar no chat, para falar com a rádio e outros ouvintes em directo, basta colocares o nick mal entras no blog.

APARECE, OUVE E DIVULGA...Rádio casa viva, uma rádio sem barbies...
--
CasaViva
espaço temporário*multicultural*interventivo*gratuito*sem fronteiras*
sem rosto*experimental*revoltado*de cidadania

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terça-feira, abril 12, 2011

Geração/ões à Rasca: afinal "contra" quem estão? -2

Contra os políticos "rasca"... ...contra um sistema "rasca"...
... contra financeiros, empresários e "boys"..."rasca".

(fotos- M. Alegria. 12-3-2011)
Para "comemorarmos" um mês passado sobre este marcante protesto em todo o país e como o post anterior sobre o tema já disse bastante, deixo aqui apenas três fotos a ilustrar a síntese das três motivações principais para que todos estes milhares de portugueses tivessem saído à rua. (Ver a reflexão completa AQUI). Assim:

- Protestavam contra a "Partidocracia" e a falta de qualidade dos políticos (classificados como "rasca") quer em Portugal, quer transnacionalmente, políticos sem fibra, sem sentido de Estado e a maioria das vezes corrompidos e/ou oportunistas;

- Protestavam contra a especulação bancária e do "jogo" da alta finança, que domina a verdadeira economia (e que deve ser baseada no bem estar dos povos e na produção);

- Protestavam contra os clientelismos vários, nomeadamente de várias empresas e pessoas que empobrecem o país , enquanto obtêm e monopolizam todos os contratos com o Estado, ou seja, contra a oligarquia e os nepotismos que não dão oportunidade a todos os portugueses.

segunda-feira, abril 11, 2011

A Palavra a João Ruivo | A Escola tem futuro?

O Educare está a defender a pátria e os seus documentos ou é impressão minha? Passo a explicar: o copy-paste não funcionou. Sendo a primeira, parabéns senhores ... Nada que não se resolva e só não converto em texto porque o que importa é que as pessoas leiam.Bom ... posso ter um erro de sistema  ... MAC é MAC mas ... poderá ter imperfeições!???
É com humor que passo a mostrar em JPEG o que o PROF. Ruivo tem a dizer sobre o futuro da Escola:



Salvaguardo já que a imagem é minha por tropelias e que o texto está no EDUCARE. Desta vez, não lhes dou créditos.

Jejé e Companhia 7: Ke tal, Luigi?

(cartoon- (c)Margarida Alegria,Abril 2011)


Sem grandes comentários... algures no país, no "lamentável" dia 6 de Abril de 2011.

Notas soltas | Congresso do PS

Repararam que só se viam bandeiras de Portugal? E que tal aquele apelo ao marchar, marchar? Também reparei na cara das pessoas que saiam ... Não era alegria, não ...

Imagem de

domingo, abril 10, 2011

Geração/ões à rasca: afinal "contra" quem estão?-1


(fotos-M.Alegria, 12-3-2011, Porto)

Umas horas depois do protesto "Geração à Rasca", muitos comentadores, baseados em imagens filtradas pelas TVs, criticavam aquele movimento, por se ter revelado um protesto meramente anti-governo e...ufff.. (o nome da personagem ainda soa em verberação do tão gritado e alucinado congresso deste fim-de semana)... anti-Sócrates. Permitam-me discordar completamente. E passo a explicar.

Por um lado e essencialmente, quem esteve mesmo em qualquer das manifestações pelo país não terá notado essa insistência no Primeiro Ministro, embora até totalmente justificável. Os manifestantes demonstravam uma angústia para além de tudo isso e a maioria dos cartazes (de que os destas fotos serão das raras excepções) versavam os problemas que afectam os jovens de hoje e os portugueses em geral, que afligem os portugueses que nunca têm voz e também boa parte dos europeus e cidadãos do mundo abalados pela globalização, Eram cartazes sobre a precariedade e os falsos recibos verdes, os bolseiros e os estágios não remunerados, o capitalismo e a corrupção, os políticos sem qualidade e tachistas,a exploração do trabalho, o desemprego, a miséria, os pais que ainda têm de sustentar os filhos sem emprego, pais e filhos que não conseguem ter futuro e emigram... Era esse o desepero e a urgência em falar que brilhava nos olhos, a vontade de finalmente sair à rua em união e sem rotinas de partidos ou sindicatos.

Por outro lado,é evidente que é mais que natural que as pessoas destilem alguma da sua amargura para com a figura que tão omnipresente e sufocante se tornou no país,nos últimos seis anos, mas também em governo anterior como ministro, já aí visivelmente obstinado. Se o cavalheiro tão presente se quis para o País, como salvador, líder-mor do "patriotismo" e da "determinação", modelo de elegância e de atletismo, etc. , não pode agora queixar-se muito que se vire o feitiço contra o feiticeiro e se veja a descer com rapidez a ladeira da fama que tão depressa subiu, ainda para mais com tantas manchas indeléveis no seu passado.

Alguns disseram que era inútil esse alvo da manifestação, tendo em conta que o que( e quem) se prepara para alternativa não é melhor ; e que a crise é Europeia, não tem vilões específicos e por aí fora.

Claro que José Sócrates e Pedro P. Coelho são o que se chama "farinha do mesmo saco"( para já um ainda imaculado quanto à questão do mundo da corrupção e influências), porque provenientes da mesma fábrica de "cromos" políticos que nos andaram a impingir durante as décadas da democracia, para a nossa "caderneta" de "Portugal desenvolvido".

José Sócrates será apenas o mais recente e presente da colecção, o que nos últimos anos nos tem dado cabo da paciência, pois insiste em colar-se-nos aos dedos e aos bolsos.

PPC será a nova edição, revista e de impressão retocada. A mesma colecção ambos, apenas diferentes tipografias.

Foi contra esta tradição politiqueira aliada à especulação financeira e ao clientelismo económico,-- três factores que têm sugado cada vez mais depressa o país e que o tem deixado sem rumo, sem futuro-- que as pessoas sairam à rua nesse sábado: os cidadãos comuns fartos de serem roubados e sacrificados sem piedade, em contínuos anos de crise da qual não lhes apontam o fim.

Foi essa revolta e verdadeiro patriotismo (com o sentido de amor ao País) que vi dominar toda o protesto, todos os depoimentos das mais diversas pessoas, todos que desfilaram de forma ordeira e esperançosa, com um misto de ar grave e de felicidade nos olhos, por verem que afinal o país não está a dormir, que há motivações comuns nos que ali estavam, o sem abrigo ao lado da avó elegante, o humilde pensionista ao lado do estudante, o "gótico" ao lado do professor universitário, a criança aos ombros do adulto--não são floreados românticos, vi essa convivência no protesto.

Foi contra um certo estado de coisas e forma de gerir o país que se manifestavam. Os tais comentadores de bancada não entenderam. Alguns políticos pareciam ter entendido um pouco, mas depressa e de novo tudo esqueceram, entrando o país político de novo no circo da partidarite e da jogatina das listas de eleições, dos congressos de fachada, dos discursos inchados de ar bafiento, das idolatrias dos líderes deslumbrados, do desperdício de verbas públicas em foguetórios, mais influências e clientelas, mais promessas de tachos para uns e novo apertar de cinto para os mesmos, em suma, novo espremer do país até à última gota de dinheiro, de independência... de paciência.

E tudo isso é muito degradante. Por isso, não deixaremos esquecer estes protestos, teimando em que possam dar frutos, quanto mais não seja para que o país não continue a entregar o seu Futuro a pessoas sem escrúpulos e a sistemas falidos e estúpidos. Para que o povo não se abstenha do seu querer, não abdique do seu poder, que é maior do que pensa. Vimos isso escrito, por momentos,nas caras de espanto dos observadores e comentadores, no passado dia 12 de Março de 2011. Depois, disfarçaram e especularam...

"Alergia"

Divulgação | "Ex-escola da Fontinha restituída à comunidade"

Libertar espaços, criar alternativas

Ex-escola da Fontinha restituída à comunidade

[Porto, 10 Abril 2011, 14h50] A antiga escola primária do Alto da Fontinha acaba de ser ocupada por um grupo de pessoas que pretende devolver aquele espaço público à comunidade, se não como escola, sua anterior funcionalidade, pelo menos para espaço de oficinas, leitura, convívio e lazer, mantendo o carácter para que foi projectada.
A acção surpresa arrancou em moldes festivos, ao som de ritmos de resistência, e prosseguirá ao longo desta tarde de domingo com um animado programa, com jogos, arte, oficinas, teatro, cinema… A população local, alvo a que se destina esta acção, está de momento a ser informada da iniciativa e a ser convidada a participar. Aliás, o objectivo é que o espaço venha a ser autogerido pela comunidade, com o apoio de quem promove a iniciativa.

Esta ocupação não pretende de forma alguma usurpar o imóvel, nem tão pouco vandalizá-lo, ao contrário das conotações associadas às acções de ocupação de propriedade. Pretende, sim, restituir-lhe funcionalidade e inverter o processo de destruição de que vem sendo vítima.

As instalações desta antiga escola primária, propriedade da autarquia, foram desactivadas há 5 anos e desde então abandonadas. As consequências são evidentes para quem passa do outro lado dos portões de acesso, na Rua da Fábrica Social, na Fontinha, onde o abandono e a ruína também tomaram conta de grande parte das pequenas casas de pedra do antigo bairro operário, com uma população maioritariamente envelhecida, pobre e deprimida, em contraste com a juventude de quem frequenta a Fundação em que José Rodrigues transformou recentemente uma antiga fábrica de chapéus. Na ocasião, o escultor frisou que o projecto era "para o Porto e com o Porto”

Tal como o projecto da Es.Col.A – Espaço Colectivo Autogestionado, mas em escala reduzida: “para o Bairro e com o Bairro”.

Se bem que, neste caso, a iniciativa não tenha seguido os trâmites legais previstos, é também através de legislação que o grupo que a promoveu reivindica a legitimidade da acção.  
A saber: 
Decreto-Lei n.º 280/2007 de 7 de Agosto 
Artigo 25.º 
1 — Os bens do domínio público podem ser fruídos por todos mediante condições de acesso e de uso não arbitrárias ou discriminatórias, salvo quando da sua natureza resulte o contrário.
2 — O uso comum ordinário dos imóveis do domínio público é gratuito, salvo disposição em contrário nos casos em que o aproveitamento seja divisível e proporcione vantagem especial.
 
Constituição da República Portuguesa 
Artigo 52.º  
3. É conferido a todos, pessoalmente ou através de associações de defesa dos interesses em causa, o direito de acção popular nos casos e termos previstos na lei, incluindo o direito de requerer para o lesado ou lesados a correspondente indemnização, nomeadamente para:
b) Assegurar a defesa dos bens do Estado, das regiões autónomas e das autarquias locais.  
Artigo 78.º  
1. Todos têm direito à fruição e criação cultural, bem como o dever de preservar, defender e valorizar o património cultural.
b) Apoiar as iniciativas que estimulem a criação individual e colectiva, nas suas múltiplas formas e expressões, e uma maior circulação das obras e dos bens culturais de qualidade;
c) Promover a salvaguarda e a valorização do património cultural, tornando-o elemento vivificador da identidade cultural comum; 
Artigo 85.º  
3. São apoiadas pelo Estado as experiências viáveis de autogestão.

Por outro lado, é de sublinhar a vontade política de entregar a dinamização de edifícios devolutos da cidade a associações sociais, conforme defendeu, a 17 de Janeiro último, a governadora civil do Porto em declarações à agência Lusa. Para Isabel Costa, "desta forma os proprietários podem ver os seus edifícios reabilitados e as associações podem resolver os seus problemas de falta de espaço, a custos muito reduzidos ou nulos".

Resta ainda uma interrogação: por que é que o Estado penaliza os proprietários de edifícios privados devolutos que “não asseguram qualquer função social ao seu património” (Decreto-Lei 159/2006, de 8 de Agosto) e não incentiva funções sociais ao seu património devoluto, que é de todos nós?

O grupo que organizou a festa de hoje na antiga escola primária da Fontinha reivindica a oportunidade de dinamizar o espaço em Es.Col.A – Espaço Colectivo Autogestionado, com a participação da comunidade local, durante, pelo menos, 90 dias. Um tempo de experiência correspondente ao prazo previsto por lei, após notificação, para desocupar imóvel do Estado ou de instituto público (Decreto-Lei n.º 280/2007 de 7 de Agosto, Artigo 76.º).


CARTA DISTRIBUÍDA À POPULAÇÃO DO BAIRRO DA FONTINHA

Car@s vizinh@s, 
Seguindo o exemplo das crianças, que ainda há pouco tempo saltavam estes muros para jogar à bola, juntamo-nos para tentar devolver este espaço público aos seus reais proprietários, a comunidade.  
Queremos que esta acção inspire projectos semelhantes noutros lugares abandonados, para assim conseguirmos acabar com a degradação e o estado de abandono da nossa cidade.  
Somos um grupo de pessoas que sente falta de um espaço autónomo, livre e não-comercial, onde desenvolver actividades que não sejam focadas no lucro ou viabilidade económica. Perante a inactividade e desrespeito pelo património que a câmara municipal, as autoridades competentes e os proprietários mostram, decidimos agir pelos nossos próprios meios. 
Queremos criar um centro autogestionado, aberto para diferentes iniciativas, que não sejam discriminatórias. Só o podemos fazer com a tua participação de toda a vizinhança. Queremos que este espaço seja livre de hierarquias e que as decisões sejam tomadas por tod@s os que participam. 
As actividades que se realizam hoje são um exemplo das actividades que podem vir a acontecer neste local.  
Acreditamos que, para uma cidade melhor, os espaços não devem ser emparedados mas abertos para as pessoas criarem alternativas.

Es.Col.A do Alto da Fontinha
Espaço Colectivo Autogestionado



10 Abril 2011

PROGRAMA

14h30 abertura | comida

16h00 actividades & oficinas – jogos, circo, pinturas, arte

18h30 teatro

19h30 jantar & palco aberto

20h30 cinema

_______________

Divulgação tardia mas digna de registo : )))

Coisas do dia-a-dia 2

Na minha escola já não há papel para secar as mãos. Diz-se que é preciso cortar nas despesas...

Para quando o fim do papel higiénico?

sábado, abril 09, 2011

Geração/ões à Rasca- Porto - uma amostra de cartazes artesanais

eram de todas as gerações...
...trouxeram versos, angústias mas também sorrisos..prepararam em casa os protestos e mostraram-no com orgulho às câmaras...

... e todos queriam dizer alguma coisa, ditando ideias para mais cartazes improvisados.

Mais um post a recordar o Protesto "Geração à Rasca" (Porto, neste caso), que fez agora quatro semanas, quase um mês inteiro. Hoje sem muitas palavras. Os rostos e gestos falam por si. Para não esquecer o momento, mas não deixar cair a Esperança que então brilhou. No dizer de alguém na multidão, "Deviam fazer isto mais vezes! Todas as semana, ou todos os meses! Até que esses políticos ouçam a gente!".

(Parece que afinal não ouviram muito bem... continua tudo ao mesmo estilo "politiquês" de rebanho e manobras de manual...:-/ )

(continuaremos pois... e este tema também continuará por aqui).

(fotos- M. Alegria 12-3-2011).

Movimento "Queremos Tomás Araújo Expulso da ESB"

 Surgiu, no Facebook, um movimento contra o aluno que agrediu um professor no final do mês passado. Conheço pessoalmente o professor e não sei quem é o aluno. Ao JP, toda a minha solidariedade. Quanto ao aluno e seus pais, espero que resolvam os problemas evidentes que, provavelmente, demorarão mais a cicatrizar do que a ferida, física, do João Paulo.

Desaprovo a violência, seja ela qual for. Mas a verdade é que acontece ... E se, os chefes do mundo a promovem, que modelo podem criar os nossos jovens?

Este post não é no sentido do 'faça-se justiça com mão própria'. Nem sei quem é o administrador do tal movimento do Facebook. Pelo que vi,  não se identifica. 

Salvaguardo que me senti muito revoltada com o que aconteceu. Ao ler a descrição do tal movimento, a pessoa fica realmente chocada ... Andamos fartos de violência e a cada caso, aumenta a frustração. Contudo, penso que é triste levantar-se um movimento contra um jovem que provavelmente é mais vítima do que parece... Na verdade, este não é um grupo de apoio ao professor vitimizado nem em favor de uma escola melhor ... É uma acção contra um aluno.

Estarei a ver mal a coisa?

Bom fim de semana para todos, continuação da boa recuperação do João Paulo (grande resistente, pessoa com comportamento exemplar que passei admirar ainda mais!).


Imagem daqui

Sobre:
Queremos o Aluno Tomás Araújo imediatamente EXPULSO da Escola Secundária do Bocage em Setúbal pela agressão ao Professor João Paulo Maia.
Descrição:
Tomás Araújo, aluno do 10º ano da Escola Secundária do Bocage terá há coisa de 2 semanas agredido o professor João Paulo Maia, quando este se preparava para intervir numa briga entre Tomás Araújo e outro aluno, quando inexplicavelmente foi agredido com um soco ao ponto de deixar o professor em causa inconsciente no chão.

Como se não bastasse a criança - entenda-se antes "a pobre criança" pois a idade infelizmente é uma coisa que não é proporcional àquela que aparece no BI - depois de ter derrubado o professor e este se encontrar inconsciente achou-se a VÍTIMA de uma agressão e apressou-se para o posto da polícia para fazer queixa do professor, que SÓ, entenda-se a ironia, se encontrava a ser transportado para o hospital devido a um traumatismo craniano.

A escola simplesmente anda em "averiguações" há já 2 semanas e nada acontece.
Tomás Araújo, a VÍTIMA, caminha pelos corredores da escola, vai as aulas e SÓ levou um processo disciplinar, enquanto que o professor SÓ fez um traumatismo gravíssimo e SÓ se encontra ainda em recuperação.

O propósito desta página é então o seguinte e muito simples. Para que todos tomem conhecimento e todos se sensibilizem e protestem contra esta anormalidade típica deste país em que os meninos se acham acima da lei e das regras. Está na altura das criancinhas meterem na cabeça que têm de ser responsabilizadas pelos seus actos e punidas severamente aquando de actos GRAVES como este.

QUEREMOS O TOMÁS FORA DO LICEU, FORA DA ESB. A ESB não merece ter este tipo de alunos.