domingo, janeiro 09, 2011

Apesar da acalmia há sempre algo que nos ria ...

A notícia de hoje prende-se à DREC. Porquê? Porque acabou de inaugurar obra que a deixará enaltecida pelos próximos anos:

DREC gasta 138 mil euros a tapar o sol aos carros

Em contrapartida, falta dinheiro para escola com muro que ameaça vida de jovens e não só, como todos nós sabemos. Seria interessante elaborar uma lista por aqui a baixo onde ponto por ponto se fossem descrevendo as faltas e carências das Escolas da DREC. Uma delas é reportada já aqui:

Foto Miguel Gonçalves
"Houve financiamento para o parque de estacionamento, mas teve dificuldade para arranjar dinheiro para outras obras"Não há dinheiro para arranjar o muro da Escola José Falcão, em Coimbra, que ameaça a vida de pessoas, mas há 138 mil euros para tapar o sol aos carros dos funcionários da DREC. Isto é um escândalo e anedótico", acusam professores e encarregados de educação.
Para a Associação de Pais da Escola Secundária José Falcão (AP/ESJF), de Coimbra, para professores e alunos ouvidos pelo JN e para o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), "investir na cobertura de um parque de estacionamento ao ar livre, quando não há dinheiro para recuperar um muro decrépito e perigosíssimo, com cinco a seis metros de altura, na confluência da Rua Henriques Seco com a Avenida D. Afonso Henriques, que está a pôr em risco as pessoas e os carros que por ali passam, é uma "provocação", um atentado à inteligência".
Luís Lobo, dirigente do SPRC, disse ao JN que "é lamentável que, ao mesmo tempo que o Governo decide cortar 5,5% dos orçamentos de funcionamento das escolas e que o parque escolar de Coimbra precisava de ter uma intervenção que, por um lado, garantisse a sua conservação e, por outro, resolvesse alguns problemas estruturais das escolas, se assista a este despesismo, apenas para garantir a conservação não de qualquer bem público, mas tão só de bens privados".
"Espante-se (se ainda alguém se espanta!) o comum dos mortais com os 138 mil euros gastos em coberturas individuais para os automóveis designadamente dos dirigentes da DREC, através de serviço contratado à Ramos Catarino - Arquitectura de Interiores e Construção, Ldª., por ajuste directo!", afirma Luís Lobo, sublinhando que "depois não há dinheiro! Pois não, a gastar-se desta maneira!".
"Quanto mais disto haverá?"
(...)
Enviámos uma carta à DREC, que ela recebeu no dia 3 de Dezembro, a solicitar intervenção urgente na recuperação do muro, que pode cair a todo o instante. Alertámos para o perigo e que terão de assumir responsabilidades caso ali morra alguém. Até hoje, a resposta foi o desprezo. Sabemos apenas que a DREC disse à Direcção da escola que não tinha dinheiro para obras".
Ana Costa diz que enquanto mãe e presidente da AP/ESJF não aceita que "proteger do Sol e da chuva os carros dos funcionários seja mais importante do que proteger a vida das pessoas que circundam a Escola José Falcão".
"Um luxo ofensivo"
O director da escola, Paulo Ferreira, recusou comentar o assunto, mas um docente daquele estabelecimento, que falou ao JN sob anonimato, classificou de "vergonhosa" esta "incoerência e incongruência da DREC". "Não sei se deva rir ou exigir que esta gente vá já para a rua, por má gestão dos dinheiros públicos", afirma, classificando a cobertura do parque automóvel da DREC de "um luxo ofensivo dos portugueses a quem o Governo exige sacrifícios".
Em resposta às críticas, a DREC diz ser "desajustada" e "desenquadrada" a associação das obras ocorridas nas suas instalações - garante a DREC que foram "realizadas em 2009", mas o certo é que a publicação do ajuste directo só aconteceu no final daquele ano - com as obras reivindicadas para a "José Falcão". Por outro lado, assegura que a reconstrução do muro daquela escola é uma "prioridade absoluta", pelo que "estão a ser desencadeados os procedimentos legais devidos".
Fonte: JN

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