quarta-feira, janeiro 19, 2011

Solidariedade para com os dirigentes detidos | ADENDA

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Passo a transcrever um e-mail que me chegou com pedido de divulgação:

Breve relato dos actos de repressão policial de ontem, 18 de Janeiro de 2011

por Sofia Barcelos a Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2011 às 11:27  Já após o Plenário ter terminado, cerca das 16h30, e quando os manifestantes tentavam abandonar o local, a PSP estabeleceu um 2º cordão policial, com cerca de 30 agentes, impedindo os trabalhadores e trabalhadoras de se deslocarem livremente para suas casas
Estes, vendo inedita e arbitrariamente coarctada a sua liberdade constitucional de circulação, naturalmente, ignoraram a ordem ilegítima e forçaram o cordão, desfazendo-o. Seguiu-se a reacção violenta da força repressiva, com empurrões, bastonadas e pontapés a manifestantes, incluindo alguns já caídos no chão - entre os quais mulheres (!) - e até um disparo efectuado para o ar.
A somar a estas violências, a detenção de dois dirigentes sindicais, um deles professor, o Marco, do SPZS/FENPROF, algemados, introduzidos à força num carro-patrulha e conduzidos à esquadra do Calvário, como vulgares criminosos de delito comum, para estupefacção e revolta de todos os presentes.
Entretanto, alertados, compareceram solidariamente no local da concentração alguns deputados com destaque para Bernardino Soares, o primeiro a chegar.
Depois de algumas intervenções de dirigentes sindicais e deputados, mais de uma centena de manifestantes teimou em não arredar pé do local, gritando palavras de ordem como "Ninguém sai daqui", "Fascismo nunca mais" e "O povo unido jamais será vencido", exigindo a libertaçao imediata dos detidos.
Esta libertação veio finalmente a concretizar-se cerca de quatro horas depois, pela acção de advogados dos sindicatos, não obstante os sindicalistas terem recebido ordem para serem presentes ao tribunal Campus Justiça, na zona Expo hoje, dia 19, pelas 10h00.
O dia 18 de Janeiro fica assim assinalado a negro. Um aviso para os mais distraídos, os que já esqueceram as pidescas "visitas" policiais às escolas antes das grandes greves de professores, a infiltração de polícias à paisana em plenários sindicais ou a inflexibilidade dos Governos Civis perante comunicações de manifestações.
Eis a repressão policial no seu "melhor", obedecendo a ordens emanadas do MAI do Governo Sócrates, que nos faz relembrar a todos como o mês de Abril já está distante, pela acção nefasta desta gente. Gente, que urge correr, pela força da luta dos trabalhadores e do povo português, quanto mais cedo melhor.
NÃO À REPRESSÃO! PELAS LIBERDADES CÍVICAS!
25 DE ABRIL SIM, FASCISMO NUNCA MAIS!
A LUTA CONTINUA!
PS: Um abraço solidário, em primeiro lugar aos sindicalistas alvo de detenção arbitrária, depois para todos os presentes que ontem exerceram os seus Direitos Cívicos com risco da própria integridade física e da liberdade.

Paulo Ambrósio
(membro da Coordenação da Frente de Desempregados do SPGL/FENPROF, Sofia Barcelos (membro da Comissão de Contratados do SPGL/FENPROF) - presentes no Plenário da Frente Comum de dia 18 de Janeiro de 2011)

1 comentário:

Pata Negra disse...

A democracia segue dentro de momentos