Isto é a digitalização de um "teste" distribuído a alunos do 5º Ano de uma escola do concelho de Paredes. Foi-nos enviado por um "pai indignado" que se identificou e que se comprometeu a enviar também o original em papel por correio normal.
Trata-se de uma colagem de algo que já existia num blog brasileiro, como se pode ver aqui (e como se pode obter directamente aqui), a que apenas foi acrescentado o cabeçalho com a chancela "oficial".
Bem sabemos que o "acordo ortográfico" entrou oficialmente em vigor no nosso país. Bem sabemos também que as diferenças entre o Português-padrão (ou "europeu") e o Português do Brasil não se restringem apenas à ortografia, isto é, que as duas variantes da Língua possuem estruturas morfossintácticas distintas e distintivas, além de que existem também diferenças a nível semântico e do próprio léxico.
Já sabíamos tudo isto, e sabíamos ainda que nenhum acordo ou tratado poderá jamais "uniformizar a Língua", ao contrário do que pretendem os hiper-imaginativos (chamemos-lhes assim) autores do "acordo ortográfico" de 1990.
Mas o que não sabíamos, de todo, é que - a julgar pela amostra junta - às nossas crianças, em Portugal, no sistema de Ensino português, já vão sendo fornecidos testes e/ou materiais pedagógicos elaborados no Brasil, por professores brasileiros e destinados exclusivamente aos estudantes daquele país.
Isto é grave, é gravíssimo, é uma barbaridade intolerável, e por conseguinte carece absolutamente de confirmação. Pode bem ser que este seja apenas um caso esporádico, algo que sucedeu por uma vez sem exemplo e, sobretudo, que semelhante estupidez não voltará a suceder em nenhuma escola portuguesa. E é por isto mesmo, porque temos o dever de estar vigilantes, que aqui deixamos o apelo: se conhece algum outro caso igual ou semelhante, envie-nos uma cópia por email para o endereço ilcao@cedilha.net ou em papel, por correio normal, para o Apartado 53, 2776-901 Carcavelos.
A Língua Portuguesa agradece.
Este assunto foi inicialmente referido no site da ILC contra o AO90.
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