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Para quem conheça bem Nova Iorque, o que não era o caso do Mandatário para a Juventude de Cavaco Silva, por Cantanhede, Renato Seabra, em cada esquina, e ao meio de cada rua, há umas escadinhas que descem para uma cave, com a tabuleta "NAILS".
Ora, "Nails", em Inglês quer dizer preta gordurosa, ou puta branca, que vai descer aquelas escadas, para colar na ponta dos dedos uns apliques de silicone, em forma de garra vermelha, que, enquanto não lhe fizerem apodrecer as unhas naturais, por falta de oxigenação, lhe darão a sensação de domínio da pantera e da tigresa, sobre o velho impotente que lhe paga as contas todas, na Quinta ou na Madison Avenue.
Em Portugal, terra de atraso em todos os quadrantes, também tivémos um negócio de Nails, mas ao contrário, porque quem subia aquelas escadas, e era enfiado naquelas salas obscuras, com gajos vestidos de cinzento e alicates nas mãos, geralmente saía de lá, não com mais unhas, mas, infelizmente, com menos, para que se lembrasse de que estava num país que primava pelo civismo e pela civilização.
Esse consultório de Nails, como qualquer clínica polivalente de hoje em dia, também tinha outras especialidades, como a cura do sono, que consistia em manter os pacientes, com tendência para dormirem demasiado, gentilmente acordados, de acordo com os seguintes métodos, aprendidos no Kubark Countererintelligence Interrogation, um manual de boas maneiras, posto em prática pela C.I.A., e copiado pelos países onde reinavam as mais amplas liberdades democráticas.
A coisa era simples: bastava manter as luzes permanentemente acesas, ou intermitentemente apagadas, num sistema estrosboscópico, tão ao gosto das nossas discotecas, ou, com aquecimentos e aparelhos de refrigeração, alterar os ciclos de oscilação térmica do dia e da noite. Sempre que o paciente cabeceava, e ameaçava dormir, apanhava um estalo, ou um grito estridente, junto das orelhas, não fosse violar o acordo de cavalheiros que o levara ali. A hidroterapia também era generosamente praticada, com baldes de água gelada, pela cabeça abaixo, sempre que os olhos tendiam para se fecharem, e um valente pontapé nas canelas, ou um murro no estômago também eram incentivos ao prosseguimento destas dietas radicais.
Ao fim de uns dias, o paciente já era uma pessoa nova, e estava em plena Síndroma "DDD", ou seja, "Debility, Dependence and Dread", passando a ter comportamentos erráticos, como arranhar as paredes e os tetos das celas, o que o levava, como Leonardo da Vinci, a identificar formas e alucinações, nas marcas dos que antes por ali tinham passado.
O sistema sonoro era perfeito, passando, muitas vezes, nos limites em que os decibéis provocam a dor, a lamúrias, gritos e choro e soluço de parentes, mulheres e filhos dos internados. A comida era excelente, mas irregular, sendo o paciente acordado, com uma estalada, para tomar um pequeno almoço, a ferver, às 3 da manhã, ou obrigado a almoçar por volta das 11 da noite. Quando não queria, agarravam num funil, e despejavam diretamente, pela goela abaixo, enquanto ele se contorcia de dores, com boca e esófago queimados.
Havia quem resistisse pouco, e quem resistisse muito.
Quem resistia muito era considerado um resistente, e passava para um escalão superior, já que o estado salazarista, sempre muito dado a cortes e contenções, achava que as pessoas, tal como Cavaco Silva hoje advoga, se deviam "curar" rapidamente.
Começava então a fase eletromagnética, em que o paciente, amarrado a uma cadeira, era submetido a descargas elétricas de voltagem crescente, aplicadas em diferentes partes do corpo, mamilos, testículos, orelhas, olhos, ou em zonas que sustentassem maior permanência, de maneira a que se pudessem provocar queimaduras, e começasse a pairar, nas celas de iluminação indireta, um cheiro a pele cauterizada. Tudo isto provocava um enorme cansaço nas pessoas que tinham de manter o sistema funcional, de modo que, quando chegava o tédio, apagavam os cigarros nas costas, no peito ou na cabeça dos clientes mais impertinentes.
Cansados da luz elétrica, podiam passar à fase da água, em que inclinavam o pescoço do paciente para trás, e lhe começavam a despejar garrafas na boca, e, sempre que ele começasse a sufocar, paravam, até que ele tossisse, com os pulmões invadidos pela água, exercício excelente, que o poderia levar a cuspir sangue, por ter rebentado, com o esforço, algumas partes da plétora respiratória.
Para quem respirava mal, enfiavam-se sacos de plástico na cabeça, e apertavam-nos no pescoço, para ver quanto tempo o moço aguentava, sem respirar, porque o ar é um recurso escasso e deve ser poupado. Caso estivesse à beira do desmaio, era totalmente despido, enquanto os tratadores o regavam com uma mangueira de água gelada, e lhe aqueciam os genitais, com fósforos acesos, e pontas de cigarro para apagar. Punham-no depois de pé, a fazer o número da estátua, como os miseráveis da Rua Augusta: braços em forma de cruz, e firmemente de pé, horas e horas a fio, completamente nu, e se acontecesse ter tendência para cair, era posto de pé, com pontapés de botas nas rótulas, que até se podiam fraturar, o que era irrelevante, porque um fémur quebrado, se é capaz de manter a perna direita enquanto intacto, também o pode manter depois de partido, até o osso rasgar a carne, da estátua forçada. Se houver hemorragia, será bem vinda, porque a morte por perda de sengue é sempre bem vinda, e poupa o tiro de misericórdia, dado na nuca.
O paciente não deve gritar, sob risco de se lhe ter de dar um murro na boca, partindo todos os dentes, e esmagando os lábios, ou levando uma punhada no bolbo raquidiano, que o poderá deixar paralisado para sempre.
Quando os agentes tinham de descansar, fechavam os pacientes, nus, em celas coletivas, de janelas de redes cerradas, de onde tentavam ver um fragmento da rua, como se a realidade ainda existisse, e depois eram buscados, para serem massacrados com bastões de mola interna, que não deixavam nódoas negra, mas dores para sempre, no corpo e na alma.
Havia os pacientes e os impacientes: os pacientes eram obrigados a conter a urina e as fezes, até onde aguentassem, mas quando não aguentassem, teriam de se satisfazer pelas pernas, e ficar a chafurdar no chão, até terem de limpar tudo com as roupas, por que há que manter a decência, e o cidadão deve evitar sujar os espaços públicos. Os impacientes eram despachados com um tiro na órbita, ou bem na base da nuca, para serem atirados ao mar, de modo a não voltarem a infestar as costas,. "Tudo em linha na garagem, vem o Inspector Capela passar revista à mocidade desviada. Olha um a um, ri-se na cara de cada um dos carecas".
Acho que chega de descrições, estamos a falar da P.I.D.E, da "Velha Senhora", de criminosos como Barbieri Cardoso, António Sacchetti, de Fernando Silva Pais, que a dirigiu, desde 1962, até ao 25 de abril, e a quem Aníbal Cavaco Silva, um chico esperto que devia estar preso, por destruição do tecido produtivo português, declarou, em 1967, por escrito, "estar integrado no (actual) regime político" (!), constituído, entre outras coisas pela referida P.I.D.E., organização de benemerência, com os métodos atrás descritos.
A novidade, no meio disto tudo, é que Annie Silva Pais, filha única do gestor desta casa de torturas e horror, nauseada da família que tinha, decidiu entregar-se aos amores de Che Guevara, e viver uma vida aventureira, a maior bofetada que poderia dar à corja genética de onde provinha, dando, com a vagina, um golpe de asa nos três pés da maior esterqueira que este país produziu, "Deus, Pátria e Autoridade", ou "Família, Deus e Pátria", pelaordem que quiserem.
Fugiu, e fez bem.
Não se quis "curar", como o colaboracionista Cavaco Silva, preconiza, para todos os Portugueses, tal como eu não me quero curar, exceto de uma coisa, desse fantasma bolorento, Aníbal de Boliqueime, que arruinou Portugal, e que que quer que os Portugueses voltem, agora, à Idade Média rural.
Eu quero ser Europeu, Cidadão Global, e viver sem 400 anos de Inquisição.
Portanto, quero, literalmente, neste 10 de junho, que você se vá foder, mais o cargo que rebaixou ao nível dos facínoras e cadastrados da Sociedade Lusa de Negócios e do BPN, tentando sempre passar por cima. Não vai passar por cima, e vai ir de escaldão em escaldão, a começar já por quarta feira, em que vamos pagar os juros mais altos da nossa história, enquanto você anda entretido, no seu alzheimer, convencido de que está a formar o seu terceiro governo de maioria absoluta, e em julho, quando tivermos de vender uma fraude chamada Banco BPN, que você amparou, com os facínoras seus amigos, entre tantos outros negócios obscuros da longa noite cavaquista, que nunca mais acaba.
Não está a formar esse terceiro governo de maioria absoluta, dos obsoletos anos 80, e a História breve vai-lhe provar isso nos meses imediatos.
Hoje, António Barreto, já preparado para integrar o futuro Governo, eventualmente, na Pasta da Educação, fez-me vomitar, como você me faz nausear, e como me faz sempre vomitar o trio que Barreto integra, a Agustina e o Proença de Carvalho, que, quando surgem, indicam sempre onde está o lado errado da História.
Eu não estou nesse lado errado da História, nem preciso de nascer duas vezes, para lhe atirar à cara que o considero o pior flagelo da Democracia Portuguesa, e faço-o com o maior desprezo que posso sentir, por quem traiu a minha Pátria e os meus infelizes concidadãos, durante tão longos anos.
Quanto a Silva Pais, a quem Cavaco prestou juramento de não oposição, ressuscitou agora, na pessoa dos familiares, esparsos pela Suíça, ou lá onde é, para processarem o meu amigo José Manuel Castanheira, por ele ter afirmado que o Chefe da PIDE tinha estado envolvido na execução do General Humberto Delgado.
Pois é claro que não esteve.
Como é que um homem tão ocupado em dirigir um negócio de Nails e uma câmara de horrores se poderia interessar por uma coisa mesquinha, como o abate de um ex candidato presidencial?... Portanto, o Castanheira deve ser condenado já, e bem, tal como o Diretor da "Sábado", eventualmente, a repovoar o Interior, que o carrasco Aníbal destruiu, a par das Pescas e da Indústria, para inaugurar o longo percurso da Dívida, porque um país que nada produz só pode gerar dívida, ou luvas de submarinos, nas contas suíças de Durão Barroso.
Quanto a Silva Pais, deve ser beatificado, por este milagre de ainda ser tão falado depois de morto, e morto sem punição por tantos crimes, e até beatificado no Estádio Nacional, com a vergonhosa Maria Cavaca a representar o estado de decadência ao que o Estado chegou.
Beato Silva Pais do Menino Jesus.
Puta que vos pariu, bolorentos fantasmas do passado, que nunca mais nos deixam entrar, Portugueses de cabeça erguida, num séc. XXI de modernidade!...
(Quinteto da obscenidade de arrancar unhas, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Uma Aventura Sinistra", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")
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